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Enviada em: 30/07/2018

Uma sociedade precisa de cidadãos bem instruídos para o seu pleno funcionamento e desenvolvimento. No caso brasileiro, constata-se um sério problema: Muitos Indivíduos, apesar de saberem ler e escrever, são considerados analfabetos funcionais. Isso é, tais pessoas não dominam a interpretação e a argumentação textual, processos intrínsecos ao ambiente escolar. Dessa forma, urge a necessidade de se efetuar estratégias, tais como a modernização da rede de educação nacional.        Assim, desde a Grécia antiga, a virtude política é valorizada e exaltada por filósofos, como Aristóteles, como sendo a capacidade que o indivíduo tem em conhecer e influenciar as questões que dizem respeito à Pólis, ou à cidade. A prática de tal virtude, porém, implica na participação de assembleias e no dialogo constante com outros indivíduos. Sendo assim, torna-se evidente a importância assumida pela maturidade intelectual, capaz de identificar, interpretar e significar os textos do mundo circundante, para o exercício da cidadania. Portanto, o grande número de analfabetos funcionais no Brasil é um indicativo da negligência do Estado no que tange à formação de indivíduos politicamente ativos.            Além disso, o analfabetismo funcional está relacionado à incompatibilidade do sistema nacional de educação com a realidade cultural das gerações imersas na lógica virtual. Nesse sentido, as crianças, nascidas após a consolidação da Revolução Técnico Informacional, estão acostumadas ao universo hiper excitante dos aparelhos eletrônicos, carregados de cores, sons e diversos mecanismos que contribuem para o condicionamento cognitivo. Logo, caso não adapte-se aos novos modelos de comunicação, o ambiente escolar torna-se antiquado, desestimulando as crianças. Por conseguinte, a negligência com as atividades escolares tonifica-se, e os indivíduos, ainda em tenra idade, acabam por não desenvolver a plena capacidade de leitura e interpretação.       Portanto, o Estado brasileiro precisa reconhecer o déficit social motivado pelo analfabetismo funcional. Ou seja, assumir a responsabilidade pela formação política dos indivíduos, investindo em uma educação moderna. Dessa forma, o Ministério da Educação precisa efetuar mudanças curriculares com fins de abarcar temas mais atuais. Além de incorporar, na sala de aula, equipamentos eletrônicos que atraiam a atenção das crianças e métodos diversificados, não apenas o giz e a lousa. Também, a sociedade civil deve prezar pelo desenvolvimento intelectual de todo corpo coletivo, desenvolvendo espaços comunitários que visem a disponibilização de conteúdos e práticas educativas. Dessa maneira, pode-se pensar em um país responsável, que preocupa-se com a participação política de todos os cidadãos.