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Enviada em: 03/08/2018

Na saga de livros "Harry Potter", Hermione é conhecida por ser uma aluna com grande capacidade de entendimento e interpretação dos assuntos. Sob tal ótica, grande parte da sociedade brasileira destoa do perfil dessa personagem, visto que, devido ao pouco hábito de leitura e ao falho sistema educacional, no Brasil, há muitos analfabetos funcionais, ou seja, pessoas alfabetizadas sem a capacidade de compreender o que é lido. Nesse sentido, é necessária a promoção de ações sociais, com o fito de amortizar tal problema.         Em primeiro plano, cabe pontuar que o escasso costume de leitura pelo brasileiro é um dos responsáveis pelo desenvolvimento dessa situação conflituosa. Tal fato é comprovado pela citação do ex-ministro da cultura Jucá Ferreira, o qual afirmou que o brasileiro lê 1,7 livros por ano. Essa problemática é decorrente da formação sociocultural do país, pois ela, por ser fruto de uma colonização exploratória, foi pautada na supervalorização do trabalho braçal em detrimento do intelectual. Além disso, a disseminação do uso da internet fomenta tal problema, já que a população fortemente usuária tende a negligenciar os estudos e a leitura. Por esses motivos, o analfabetismo funcional alastra-se pelo Brasil, provocando dificuldade de inserção das suas vítimas no mercado de trabalho.            Outrossim, o sistema educacional brasileiro impulsiona a perpetuação do analfabetismo funcional. Isso ocorre, pois tal instituição possui técnicas arcaicas e pouco atrativas para os estudantes, contrariando a perspectiva de Paulo Freire, pedagogo, de que a educação precisa estimular o senso crítico e ser instigante para os alunos. Diante disso, os discentes perdem o interesse em desenvolverem o intelecto por meio dos estudos e abandonam, em muitos casos, a escola, dificultando a qualificação da mão de obra do país e, consequentemente, o desenvolvimento socioeconômico.                É necessário, portanto, que ONGs educacionais estimulem o hábito de leitura pelos brasileiros, por intermédio de projetos educacionais de empréstimo e debates semanais de livros em bibliotecas municipais, com o intuito de fomentar o senso interpretativo e crítico dos participantes. Ademais, cabe ao Ministério da Educação modificar a estrutura educacional brasileira, por meio de reformas estruturais e intelectuais baseadas na didática de autores modernos, como Paulo Freire, para que a educação torne-se um fator atrativo para os alunos.