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Enviada em: 10/10/2018

O analfabetismo funcional é gritante no país. De um lado, autoridades públicas com papéis medíocres na transformação desse cenário atual e de outro lado, uma população que nem imagina o quanto que pode se desenvolver ao compreender o que lê. O Brasil ainda engatinha para se tornar uma nação digna e isso só se dará plenamente com o acesso de todos à uma educação básica de qualidade.             Segundo o artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a DUDH, todo cidadão tem direito à educação. Em contrapartida daquele, há dez anos a taxa de brasileiros analfabetos funcionais está estagnada, com índices em torno de 3 em cada 10 jovens e adultos de 15 a 64 anos, totalizando quase 40 milhões de pessoas analfabetas, segundo dados do Indicador de Analfabetismo Funcional. Esses índices escancaram a falta de políticas públicas voltadas para a educação do brasileiro e contribui para o aumento da criminalidade, uma vez que os estudos não fazem parte do dia a dia da maioria desses jovens e por causa disso, se ocupam com o crime organizado.             Em segundo plano, cada analfabeto funcional que continua nessa condição deixa de viver dignamente. Por causa disso, oportunidades de empregos melhores nunca virão, assim como será difícil prosperar na vida. Nesse sentido, a população é enganada com o lema do Estado de "pátria educadora", na medida em que não há incentivos para a leitura e nem qualidade na educação pública. Só para ilustrar, o dia a dia de milhares de brasileiros se restringe à escrita do próprio nome, porque é só isso que compreendem e essas pessoas não enxergam além disso por não serem incentivadas.             Urge que medidas sejam tomadas com vistas a transformar a realidade brasileira. Para tanto, cabe ao Governo Federal, junto à União com o aporte financeiro, valorizar a educação pública no país, por meio da contratação de professores capacitados que alfabetizem jovens e adultos nas principais escolas públicas dos grandes bairros, em um período de 5 anos, em horários vespertinos, dando assim, mais perspectivas de vida à esses cidadãos. Além disso, ONGs que militam nessa área, com o apoio de livrarias locais, devem divulgar em rádios e na TV aberta, propagandas que incentivem a busca pelos livros por meio de bibliotecas móveis nos bairros, de acesso gratuito e mantidas pelas grandes livrarias do país e por voluntários dos bairros, assessorando a comunidade. Deste modo, observada uma ação conjunta de todos os atores sociais, o Brasil fará jus a DUDH, garantindo educação e uma vida digna aos brasileiros.