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Enviada em: 13/08/2018

“A vida é como um pêndulo, indo e voltando, entre a dor e o tédio”. Esse pêndulo – aforismo criado pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer em sua obra “A Arte de Insultar” – está tendendo à dor se analisarmos os malefícios do analfabetismo funcional no Brasil contemporâneo. Nesse contexto, o incentivo à leitura reduziria várias mazelas causadas por essa problemática, tal qual preconceitos e a carência de autoconhecimento dos indivíduos.       Nesse sentido, o ato de ler modifica os paradigmas e combate os preconceitos em um indivíduo que lê constantemente. De fato, a proliferação desse ato é, talvez, um das principais alternativas para o combate ao analfabetismo funcional, pois, como diria Francis Bacon, conhecimento é poder, no sentido de gerar maneiras do indivíduo agir em prol da sociedade, o que envolve o aspecto de entendimento dos códigos a sua volta. Logo, políticas públicas que visem estimular o prazer da apreciação de livros poderiam ser vitais para minar com essa problemática.       Além disso, a leitura proporciona aos indivíduos ferramentas necessárias ao seu autoconhecimento, como Sócrates desejava por meio de sua maiêutica, o ameniza o problema do analfabetismo funcional no país. Isso se deve à leitura oferecer mecanismos aos cidadãos de conhecerem a si mesmos e, por conseguinte, poder gerar o sumo bem à sociedade – conceito apresentado por Aristóteles em seu livro “A Política”. Dessa maneira, o incentivo ao ato de ler pode ser relevante para o redução das mazelas causados por essa questão.       Portanto, a leitura deve ser o cerne de políticas públicas para se revolver o problema do analfabetismo funcional no Brasil. Assim sendo, o Poder Público, por meio do Ministério da Educação, deve criar alianças com ONGs e empresas privadas para incitar o desejo de leitura na população e oferecer condições para a realização desse ato. As ONGs em conjunto com o Poder Público devem, pois, criar campanhas publicitárias na mídia e na internet para incentivar a leitura por todos os públicos. Além disso, as empresas que cederem materiais para a construção de bibliotecas e afins receberiam do governo um selo de responsabilidade social, o qual poderiam usufruir ao seu bel-prazer, como para sua própria promoção. Dessa maneira, esse pêndulo cessaria seu movimento ao lado da dor e, consequentemente, a problemática do analfabetismo funcional poderia ser amenizada.