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Enviada em: 27/08/2018

Um caminho para o conhecimento       No século XIX, a educação no Brasil era um privilégio de poucos, em razão de seu alto custo e baixa acessibilidade, o que favorecia o analfabetismo generalizado. Atualmente, apesar da expansão da educação no país, vê-se um fenômeno que reflete o supracitado: o analfabetismo funcional, em que milhões de brasileiros saem das escolas sem saber sequer interpretar um texto. As causas para isso são diversas, dentre elas destacam-se a didática pouco atrativa e um ensino desfocado nas particularidades dos alunos.       Indubitavelmente, a falta de uma didática que atrai a atenção do aluno é uma das causas mais marcantes. Porquanto as aulas são ministradas hoje, em sua maioria, de forma que o aluno receba passivamente as informações, esse não consegue exercitar seu raciocínio, debater com o professor e entender como aquilo se aplica em sua realidade. Uma crítica a esse modelo de ensino foi a música "Another brick in the wall", da banda Pink Floyd, onde as crianças se recusavam a ser somente mais um com o pensamento pré-formulado por seus mestres.       Outrossim, ainda que cada aluno tenha suas particularidades, o ensino atual é generalizado,deixando déficits de aprendizado na área em que cada um apresenta a dificuldade. Com efeito, a necessidade de individualizar o ensino reafirma-se em Paulo Freire, que diz que os homens educam-se entre si midiatizados pelo mundo. Dito isso, observa-se que para o aprendizado ocorrer com excelência, o professor deve estar disposto a, também, apender com seu aluno.       Em suma, é necessário que haja um ensino voltado às necessidades do aluno, deixando o antigo modelo ineficiente para trás. Para isso, é imprescindível que o Ministério da Educação capacite os professores, por meio de cursos e palestras nas secretarias de educação dos municípios, a exercitarem o senso crítico do aluno com debates, por exemplo,  para que o conhecimento se torne algo mais palpável e interessante a ele. Ademais, as Secretarias de Educação devem implantar projetos de auxílio ao aluno, trabalhando a particularidade e a dificuldade de cada um nas escolas, a fim de otimizar o ensino de acordo com as ideias de Paulo Freire.