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Enviada em: 04/09/2018

Os altos índices de analfabetismo funcional representam um desafio para a sociedade brasileira. Segundo o INAF (Indicador de Analfabetismo Funcional), cerca de 13 milhões de brasileiros não desenvolvem habilidades de leitura, escrita, interpretação de textos e realização de operações matemáticas, embora reconheçam números, símbolos e letras. Seja pelos prejuízos no desenvolvimento profissional, social e pessoal do indivíduo, seja pela ausência de políticas públicas, a resolução dessa problemática é dificultada, o que configura um grave problema social.       Em primeiro lugar, o analfabetismo funcional é responsável pelo atraso no progresso do indivíduo, tanto socialmente quanto pessoalmente. A dificuldade dos jovens de compreender o conteúdo dos textos ou de executar contas gera exclusão, discriminação e dificuldade de comunicação. Portanto, a educação é um fator importantíssimo para inclusão do jovem na sociedade e, assim, para o seu desenvolvimento pessoal. De acordo com Durkheim, sociólogo e filósofo francês, a sociedade é mais beneficiada pelo processo educativo e quanto mais eficiente for, melhor será o desenvolvimento da comunidade. Dessa maneira, urgem ações habilitadas para melhorar esse panorama caótico do analfabetismo funcional.       Em segundo lugar, a ausência de políticas públicas no Brasil afeta na falta de desenvolvimento dos jovens em interpretar textos e em realizar operações matemáticas. A insuficiência de investimentos na educação, como ampliar o número de escolas de tempo integral, possibilita ainda mais a visão tecnicista de alfabetização. Mesmo com a implementação do programa Mais Alfabetização pelo MEC (Ministério da Educação), voltado especificamente para alfabetização dos alunos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, o analfabetismo funcional ainda é presente não só nas escolas, como até nas Universidades. Logo, são fundamentais políticas públicas na educação que ajudem na formação funcional das crianças e jovens.       A fim de reverter a problemática que envolve o analfabetismo funcional, são necessárias algumas ações. Cabe ao MEC implementar programas de leituras em escolas, com eficiência e com amplitude, por intermédio de oficinas, pois são instrumentos promotores de conhecimento. Além disso, é preciso ampliar o projeto Mais Alfabetização para alunos do Ensino Médio, que estão prestes a ingressão nas universidades e possuem grande dificuldade em interpretar textos e realizar operações matemáticas. Assim, será possível diminuir os índices de analfabetismo funcional e melhorar o desenvolvimento profissional, social e pessoal dos brasileiros.