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Enviada em: 07/09/2018

Retrato social brasileiro       Fabiano, no livro Vidas Secas, é muitas vezes enganado pelas pessoas, por ter um elevado grau de analfabetismo funcional. Esta característica do personagem está alojada também em partes da população brasileira. Por isso, fazem-se necessárias mudanças para erradicar a problemática.          Primeiramente, a educação está diretamente ligada ao analfabetismo. Segundo dados de 2018 do Indicador do Analfabetismo Funcional (INAF), 3 em cada 10 jovens e adultos, de 15 a 64 anos, não conseguem ler e escrever de forma eficiente. Isso evidencia a falta de escolaridade das pessoas, tendo em vista que é nas escolas que ocorre a formação da população. Ainda, é importante ressaltar que a participação dos centro educacionais no período inicial da vida do cidadão é fundamental para driblar o analfabetismo, pois é a melhor época para a alfabetização.        Ademais, o analfabetismo se concentra em maioria no campo. Desde a época do coronelismo, o país tem lidado com manobras para não enfrentar a falta de educação. Por exemplo o voto, que era permitido só para pessoas alfabetizadas, então os coronéis faziam as pessoas decorarem como escrever o próprio nome para poder votar. Ainda hoje, muitas áreas rurais não tiveram o investimento para melhorar a educação, as vezes é preferível para o produtor agrícola que não venha o ensino ao trabalhador, poder passar mais tempo trabalhando. Essa questão tem mudado com a automatização do campo, mas ainda é presente em grande parte do Brasil.       É preciso, portanto, medidas para melhorar a questão do analfabetismo funcional. A começar pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) que deve, com recursos federais, implementar escolas que façam a criança passar o dia inteiro em atividade, sempre exercendo o hábito da escrita e leitura, com finalidade de exercitar e melhorar a alfabetização na infância. Ainda, o poder legislativo pode implementar uma lei que obrigue os grandes latifundiários a investir na formação dos seus trabalhadores analfabetos, para que o número de pessoas com pouca escolaridade diminua. Dessa forma, é possível mudar o quadro brasileiro de analfabetismo e fazer do livro Vidas Secas apenas uma ficção e não um retrato social brasileiro.