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Enviada em: 01/10/2018

De acordo com o filósofo Imannuel Kant, o esclarecimento é a saída do homem de seus menoridade e, consequentemente, o alcance de sua maioridade intelectual, isto é, capacidade de exercer seu intelecto de forma autônoma. Entretanto, observa-se no Brasil que parcela da população dispõem de certa complexidade para atingir a maioridade Kantiniana, visto que possuem dificuldades em interpretar textos simples, caracterizando o fenômeno de analfabetismo funcional. Nesse viés, é imprescindível conhecer suas causas, bem como refletir sobre medidas que atenuem a problemática, afim de formar cidadãos intelectualmente esclarecidos.     A priori, é importante pontuar que a educação é um direito de todo cidadão, garantido pela Constituição Federal de 1988. No entanto, a educação brasileira mostra-se falha, formando indivíduos com analfabetismo funcional, isto é, que são incapazes de realizar tarefas simples, como cálculos básicos de matemática e interpretação de texto, o que reflete de forma direta na sociedade, pois assim molda-se indivíduos pouco capazes de ter um senso crítico evoluído, tendendo então, a sempre aceitar as condições que lhe são impostas. Segundo estudo realizado pelo Ibope Inteligência, entre indivíduos de 15 a 64 anos, cerca de 30% são considerados analfabetos funcionais.      Outrossim, vale ressaltar ainda que, o modelo educacional vigente no país não instiga o aluno a refletir e participar em debates, ensinando apenas os conteúdos propostos, de maneira monótona e, de acordo com o filósofo Rousseau, a educação deve, a priori, despertar o interesse do aluno e, para isso, é necessário que ela seja lúdica, progressiva e interativa. Logo, percebe-se o ponto crucial do analfabetismo funcional, que vem da forma em que o ensino é transmitido ao indivíduo.      Urge, portanto, a necessidade de resolver a problemática de analfabetismo funcional no Brasil. Por isso, é importante que o Governo Federal desenvolva um novo programa de ensino para as escolas, realizando palestras com professores, para que esses sejam adeptos do novo método, priorizando uma forma de educação mais dinamizada, onde o conteúdo seja transmitido de maneira clara e envolvente, além de incentivar as instituições a terem fóruns de debates semanais com seus alunos, sobre os mais variados temas, para que esses aprendam a se expressar e a defender suas teses. Para que assim, em um futuro próximo, os cidadão brasileiros possam deter da sua maioridade Kantiniana.