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Enviada em: 16/10/2018

O analfabetismo funcional é a incapacidade de interpretar e compreender não apenas textos, mas o próprio mundo. Percebe-se, na atualidade, um elevado número de pessoas acometidas com essa realidade, no Brasil, o problema atinge mais de 50% da população comprometendo assim, o futuro dos indivíduos e do país. Deste modo, tornam-se passíveis de discussão as raízes de tal problema e suas consequências para a sociedade.        Em primeira análise, destaca-se o descaso com a educação no país. Visto que, desde a colonização portuguesa, em meados de 1500, o acesso à educação era somente para os socialmente privilegiados e detentores de grande poder aquisitivo. Deste modo, as camadas populares e de baixa renda permaneceram esquecidas por anos até conseguirem os direitos educacionais. No entanto, a falta de incentivo do governo em manter os estudantes nas escolas contribuiu para a evasão escolar, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP) de 100 alunos ingressantes na 1ª série, cinco não concluem o Ensino Fundamental. Decorre desse fato, um elevado número de pessoas com escassez dos conhecimentos básicos essenciais na atualidade, inclusive a falta de habilidade de leitura.        Além disso, há a falta de investimentos em ciência e tecnologia no Brasil. Visto que, em 2017 o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) declarou um corte de 44% do orçamento, provocando danos irreparáveis na ciência. Um exemplo, foi um acontecimento em setembro de 2018, no qual o Brasil viu queimar o Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruindo um legado histórico indescritível. Em decorrência, nota-se a irresponsabilidade do governo com a ciência e a cultura do país, permitindo-se compreender a falta de interesse da população em tais assuntos e consequente desinteresse nas leituras para melhor compreensão do mundo.        Torna-se evidente, portanto, a necessidade de medidas para erradicar o analfabetismo funcional do Brasil. Deste modo, o Ministério da Educação (MEC), em parceria com o MCTIC, deveria promover concursos anuais de redação nas escolas públicas para os alunos do Ensino Fundamental e Médio, com premiações para os primeiros colocados, objetivando o incentivo à leitura e a compreensão do que se lê e se escreve. Além disso, o MEC deveria promover cursos noturnos semanais para aqueles que já concluíram os estudos ou o abandonaram e possuem interesse em melhorar suas habilidades de leitura. Assim, importantes avanços seriam concebidos ao país.