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Enviada em: 13/10/2018

Promulgada em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação de qualidade e ao bem-estar social. Conquanto, no que tange a questão do analfabetismo no Brasil, observa-se que apenas parcela da população desfruta desse direito na prática, de modo a causar empecilhos na convivência em sociedade dos brasileiros. Nessa perspectiva, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.   Não obstante, é notório que a educação é o fator principal no desenvolvimento do país. Hodiernamente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema político de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido na vida da população canarinha, haja vista que 17,6% dos brasileiros são analfabetos, segundo o IBGE. Diante do exposto, nota-se a ineficácia do Governo no sistema pedagógico brasileiro, tornando imprescindível aperfeiçoar e favorecer um ensino eficiente, de modo a diminuir o índice de pessoas com dificuldades na leitura e escrita.    Outrossim, faz-se mister, salientar, inclusive, o setor social como impulsionador da persistência da problemática exposta. De acordo com Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da "modernidade líquida" vivida no século XXI. De maneira análoga a esse pensamento, percebe-se, no Brasil, a desigualdade social e o individualismo, visto que apenas aqueles que possuem melhores condições financeiras usufruem da educação de qualidade, de forma que parte da população, ou seja, os pobres, torne-se excluída educacionalmente. Ademais, esse problema também está ligado intrinsecamente ao setor econômico, pois muitos graduados possuem dificuldades básicas, seja na interpretação de textos ou na elaboração de cálculos e, com isso, a entrada no mercado de trabalho torna-se difícil.    Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, urge que o Governo intensifique a qualificação dos professores, por meio de cursos, a fim de proporcionar qualidade no ensino desde o primário ao superior. Além disso, a Receita Federal deve destinar uma parcela maior dos impostos arrecadados para a construção de escolas para os mais necessitados, tendo em vista prevalecer a igualdade na educação pública brasileira. Também é imperioso que o Ministério do Trabalho, juntamente com órgãos públicos e privados, incentive processos de capacitação, à exemplo do exame da Ordem do Advogados do Brasil, afim dos graduados demonstrarem que tem capacidade de exercer sua profissão. Dessa forma, o Brasil poderia superar o analfabetismo funcional e todos desfrutarem dos direitos universais.