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Enviada em: 16/10/2018

O artigo 5º da constituição brasileira prevê que saúde, educação e segurança são diretos de todos e é dever público assegurá-los à sociedade. Embora o Governo forneça tais serviços, a qualidade não é satisfatória e muitas pessoas não são beneficiadas. Nesse cenário insere-se a educação, um grave problema social, visto que, grande parte da população, que sabe ler e escrever, demonstra alta dificuldade de interpretação, considerados analfabetos funcionais. Esse resultado é oriundo da precariedade do ensino, como também, da falta de interesse e necessidade pessoal de alguns.        Em muitas cidades brasileiras a educação pública é escassa e pouco acessível, não há escolas nem profissionais suficientes nas áreas rurais e periféricas. Isso atrapalha o desenvolvimento pedagógico das crianças e adolescentes dessas regiões, já que só poderão estudar quando conseguirem se locomover até uma escola urbana. Assim, o ensino é tardio e de forma consolidada, como um resumo das informações básicas, mas insuficiente para uma boa formação. Inclusive, de acordo com o IBGE nas regiões Norte e Nordeste a idade média de inserção escolar é de 15 a 18 anos e o principal motivo é a dificuldade de acesso.        Por conseguinte, algumas instituições particulares de ensino superior não se preocupam com a qualidade da aprendizagem, aprovando o aluno no processo seletivo e no final do curso entregando a ele um diploma universitário sem se quer examinar de fato seu desempenho. Conforme matéria divulgada pelo portal do G1, 30% dos diplomas de nível superior são de analfabetos funcionais. Nesse sentido, há espaço também na política, é possível que pessoas que não tenham condições de interpretar um simples texto se candidatem a cargos públicos e, se eleitos, representem uma nação ou parte dela. Esse panorama mostra que não é preciso se dedicar muito aos estudos no Brasil, uma vez que é possível, sem ele, conseguir grandes feitos.         Logo, nota-se que esse problema só existe pois, muitas vezes, o órgão público responsável por disseminar a educação está nas mãos de alguém carente de estudo. Portanto, para diminuir esses casos, é preciso que o poder legislativo crie uma nova lei onde cada pessoa que queira se candidatar para cargos políticos passe por um processo seletivo escrito e teórico, a fim de apurar sua condição intelectual. Paralelo a isso, o Ministério da Educação deve construir mais escolas nessas áreas afetadas e disponibilizar transporte gratuito para os alunos e funcionários, além de fornecer treinamento  específico e salário atrativo para professores. Desse modo será possível que todos caminhem juntos rumo a um Brasil melhor e igualitário pois como disse Nelson Mandela, a educação é o grande motor do desenvolvimento.