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Enviada em: 18/10/2018

No período escravista brasileiro, a alfabetização era sinônimo de poder e riqueza. Mas, ao passar dos anos, esse cenário mudou, pois foi criada a Constituição da República, que possui o artigo 205, que busca assegurar a educação como direito de todos e e a função do Estado e da família como provedor dela. Entretanto, a taxa de analfabetismo, com ênfase no tipo funcional, está crescendo, isso impacta, diretamente, os cidadãos nos âmbitos pessoal e profissional. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão alternativas para reduzir esse fenômeno.    Em primeira análise, o analfabetismo funcional é o ato de reconhecer e reproduzir a escrita, mas não ser capaz de interpretá-la em seus diversos níveis de complexidade. A causa mais preocupante dessa condição é a evasão escolar, que aumenta no segundo semestre e se intensifica na adolescência, período em que os pais perdem parte da autoridade  sob seus filhos. Esses jovens interrompem seus estudos conseguir renda própria, por desmotivação  ou por não achar o esforço compensatório.Depois, quando mais velhos, encontram empecilhos para inserir na sociedade devido ao seu déficit intelectual. Logo, a ação imatura de deixar o estudo cria uma massa popular com senso critico defasado.    Somada a isso, com a Terceira Revolução Industrial, os homens começaram a ser substituídos pelas máquinas, o que provocou uma alta competitividade no mercado de trabalho. Nesse aspecto, os analfabetos funcionais não conseguem se adequar ao meio profissional. Antigamente, quem tinha ensino fundamental já era professor, hoje, para ter uma profissão e atuar de forma sólida, é necessário o segundo grau completo, cursos técnicos ou profissionalizantes e ingresso na faculdade. Para isso, há processos seletivos, com provas como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) que peneiram aqueles que não estão aptos para prosseguir. Assim, esses obstáculos contribuem para a exclusão dessas pessoas do mercado de trabalho.    Fica evidente, portanto, que o Estado e a família estão falhando em seu dever e é necessário formas para amenizar o número de analfabetos funcionais, Para que isso ocorra é preciso que o Ministério da Educação invista e facilite a integração desses cidadãos no EJA (Ensino de Jovens e Adultos), lecionando o ensino médio e fundamental para que carecem de um ponto de partida para se reintegrar na sociedade  de forma pessoal e profissional. E, também, esse ministério deve proporcionar palestras aos educadores, para que esses se conscientizem do seu papel motivador no primeiro semestre para o retorno dos alunos após as férias de junho. Além disso, a escola deve incluir os pais na comunidade, através de reuniões bimestrais obrigatórias para entrega dos boletins e cobrá-los a função de exigir o melhor desempenho acadêmico de seus filhos. Só assim, o artigo 205 da Carta Magna será validado.