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Enviada em: 26/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o enorme número de brasileiros considerados analfabetos funcionais, pessoas que tem dificuldades de interpretações de textos e situações discutível, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país.   É indubitável que a questão constitucional e suas aplicações estejam entre as causas do problema. Tal fato se reflete na precária educação pública ofertada os brasileiros, embora seja garantido na Constituição Federal de 1988 o direito à educação de qualidade, para muitas pessoas essa realidade é negada. Em virtude do frágil investimento e a falta de infraestrutura do poder público  nas escolas.   Outrossim, ponto relevante nessa temática, é a falta de motivação da família que contribui para a existência de analfabetos. Muitas crianças ou adolescentes são obrigados a abandonarem as escolas para auxiliar seus pais, iniciando tarefas pesadas principalmente em áreas rurais o que favorece para o analfabetismo funcional e os levando a enfrentar dificuldades no mercado de trabalho mais futuramente. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE), o maior índice de analfabetismo funcional  é no Nordeste, essa mesma região é a que mais explora o trabalho infantil. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o analfabeto funcional precisa ser combatido.   É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de mundo melhor. Como já dito pelo pedagogo e filósofo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC), deve fazer investimentos em aulas com matérias que visa intensificar a leitura, assim melhorando a interpretação de textos e problemas calculáveis e instituir, nas escolas, palestras ministradas por profissionais que discutam combate ao analfabetismo funcional, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.