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Enviada em: 28/02/2019

O escritor austríaco, Stefan Zweig, afirmou em sua obra literária, do século XX, que o brasil era um país do futuro, ou seja, grandes inovações tecnológicas e sociais iriam ser efetivadas. Contudo, quando se observa a deficiência de alternativas para reduzir o analfabetismo funcional no Brasil, percebe-se que a profecia não saiu do papel. Desse modo, seja pelo ensino precário, seja pelo desinteresse estudantil, tal impasse persiste.   Em primeiro lugar, é importante salientar o quadro de ensino precário dos setores educacionais brasileiros. A par disso, consoante à Constituição de 1988, todos os indivíduos têm direito a educação de qualidade. No entanto, tal direito não é experimentado na prática, visto que muitas instituições educacionais não apresentam locais organizados com espaços didáticos como bibliotecas e áreas de lazer, além também, profissionais qualificados. Prova disso, é o Censo Escolar de 2017, lançado pelo Ministério da Educação, o qual revela que as escolas brasileiras possuem falhas quanto à infraestrutura. Assim, os indivíduos, ao estarem imersos nesse contexto desestimulador, acabam por deixar o estudo de lado, buscando o ramo laboral, compondo os analfabetos funcionais.   Ademais, cabe ressaltar, ainda, o desinteresse estudantil, sobretudo, entre os seres menos favorecidos economicamente. Sob essa ótica, segundo um estudo da ONG Ação Afirmativa, as periferias concentram a maior parte dos analfabetos. Isso ocorre devido a entrada precoce no mundo do trabalho, haja vista a necessidade financeira somada ao escasso incentivo familiar em relação aos estudos. Dessa forma, tais situações comuns à vivência desses indivíduos acabam por limitar a busca por conhecimento, que muitas vezes, é bem ínfimo.   Portanto, urge que o Poder Público, por meio de um aumento de investimentos na educação com uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias, crie infraestruturas de qualidade para escolas como bibliotecas e áreas de lazer, a fim de que as pessoas se sintam estimuladas a buscarem a buscarem o aprendizado. Paralelamente, cabe ao Ministério da Educação criar políticas públicas voltadas à alfabetização, principalmente, para os mais necessitados economicamente, por intermédio de aulas em horários flexíveis para os trabalhadores e atividades com profissionais qualificados, com vistas a estimular o interesse pelo conhecimento e, assim, diminuir as taxas de analfabetismo funcional no Brasil.