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Enviada em: 11/03/2019

A exclusão, a discriminação e a dificuldade de comunicação são fatores que sustentam, hoje, o analfabetismo funcional que compromete o desenvolvimento pessoal, social e profissional do indivíduo. Grande parte do problema está no escasso investimento do Estado nas escolas e na má formação dos agentes de ensino. Tais fatores contribuem para retardar o desenvolvimento da educação no Brasil e, consequentemente, regredir o avanço intelectual da população.    Primeiramente, é importante ressaltar o papel do Estado nesse contexto. Segundo estudos feito pelo Ibope Inteligência, desenvolvido pela ONG Ação Educativa e pelo Instituto Paulo Montenegro, cerca de 29% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais. Apesar das iniciativas governamentais para criação de mais escolas, a maioria destas não atendem eficientemente os indivíduos, seja por uma estrutura precária, professores mal remunerados, poucas iniciativas de leitura ou, até mesmo, falta de acessibilidade.O resultado disso reflete no contexto atual, afinal, forma-se cada vez mais pessoas incapazes de interpretar textos longos ou realizar operações matemáticas mais complexas.      Além do déficit educacional, um dos fatores que contribuem para o analfabetismo funcional no Brasil é a má formação dos professores. Infelizmente, o Estado não investe na requalificação dos mestres ou em cursos extras para melhorar a didática em sala de aula. Tal fator contribui para uma educação defasada e sem aproveitamento. Desse modo, muitos são os fatores que contribuem para o analfabetismo funcional, e a consequência não poderia ser outra, a exclusão e a dificuldade de comunicação dos indivíduos, além de prejudicar na formação profissional da população tornando uma condição preocupante no cenário brasileiro.    Torna-se evidente, portanto, melhorar o setor educacional através de medidas eficazes e abrangentes. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação formular testes anuais de avaliação tanto das escolas quanto dos alunos, a fim de reconhecer a dificuldade de cada instituição e estimular a meritocracia nas escolas. É importante o Estado investir em novos aparatos pedagógicos para reformular os métodos de ensino capazes de reduzir o analfabetismo funcional, além de realizar o letramento com crianças em idade escolar e incentivá-las às práticas de escrita e leitura. Ademais, é necessário a criação de cursos para os professores para aprimorar o ensino e inserir novas técnicas de aprendizado e metologias novas, com o intuito de propor ao aluno um território vasto de ensino para auxiliar na sua formação e capacitação. Afinal, já dizia o filósofo Immanuel Kant que o homem é aquilo que a educação faz dele, ou seja, com estruturas e recursos de qualidade é possível melhorar o cenário do analfabetismo funcional no Brasil.