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Enviada em: 24/03/2019

De acordo com o artigo 205 da Constituição Federal, a educação é direito de todos e cabe ao Estado e a família assegurar esse direito, visando pleno desenvolvimento humano, capacitação trabalhista e exercício de sua cidadania. Entretanto, essa legislação encontra-se desprezada, visto que, grande parcela da população não desfruta de tal direito. A problemática é resultado da escassez de políticas públicas, o que, concomitantemente, transfigura-se na desvalorização da leitura.        Em primeira análise, é notório que a carência de capital direcionado à um ensino de qualidade encontra terra fértil nesse contratempo. Conforme publicação da revista Veja, três em casa dez jovens e adultos são analfabetos funcionais. Tal informação somada ao pensamento de Bauman,  de que, "A falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é a característica da modernidade líquida vivida no século XXI", vê-se que, um Estado que não investe no ensino básico, permite a perpetuação do elevado índice de analfabetismo funcional brasileiro.        Além disso, é inegável que hodiernamente, o incentivo à prática de interpretação de texto vem sendo esquecida gradativamente, o que, semeia o agravamento desse revés. Segundo Mario Quintana, "Os verdadeiros analfabetos são os que aprendem a ler e não leem". Assim, o fato de muitos não construírem o hábito de ler e exercitar a mente como algo constante desde cedo, ocasiona na exacerbação desse infortúnio, prejudicando os indivíduos no meio de trabalho, social e intelectual.        Diante dos fatos acima supracitados, é necessário que haja uma simbiose entre o Governo Federal e o Ministério da Educação, em parceria com ONGs, visando uma reformulação da cartela escolar, implementando a inclusão de aulas de leituras, em que os alunos pratiquem o ato de ler e interpretar, com a presença de profissionais capacitados os auxiliando de forma correta. Dessa forma, inserindo na cultura e cotidiano dos jovens e futuros adultos, a importância da leitura, e, assim, sanando o infortúnio, pois, como consta Hannah Arendt, "A pluralidade é a lei da Terra".