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Enviada em: 12/03/2019

Segundo o filósofo grego Platão, é indiscutível a necessidade da busca pelo conhecimento mediante o uso do pensamento crítico para a libertação do ser humano de suas amarras da ignorância, assim como metaforizou na Alegoria da Caverna. Por conseguinte, é indubitável que os índices de analfabetismo funcional demonstram um déficit educacional brasileiro, dificultando a saída da prisão da ignorância citada na premissa platônica. Nessa perspectiva, é impreterível a premência de uma intervenção governamental, com o fito de melhorar a qualidade de ensino do país, tornando o brasileiro proficiente em sua língua materna.        A princípio, cabe ressaltar que, de acordo com o Indicador de Alfabetismo Funcional – Inaf –, cerca de 38 milhões de brasileiros foram considerados analfabetos funcionais em 2018. Nesse sentido, é possível perceber que a educação brasileira tem falhado drasticamente na preparação dos alunos ao que se refere à leitura e a interpretação de textos, tornando muitos cidadãos reféns do senso comum, pois com a falta de conhecimento e a dificuldade na recepção de informações, a capacidade cognitiva acaba sendo prejudicada, segundo estudos da psicologia infantil.      Outrossim, sabe-se que para o filósofo prussiano Immanuel Kant, a educação é responsável pela formação do indivíduo como um todo, portanto, é imprescindível que o brasileiro tenha acesso pleno ao conhecimento, por intermédio da leitura e um excelente grau de compreensão dos textos lidos. Entretanto, existem algumas barreiras sociais que também dificultam o processo da aprendizagem, tal como a evasão escolar, crescente no país, e a situação socioeconômica desfavorável de muitas famílias.       Infere-se, desse modo, a necessidade de buscar soluções viáveis para essa problemática. Para isso, é de suma importância que o Governo Federal, em parceria com instituições de ensino, busque criar um projeto de incentivo à leitura nas escolas públicas e privadas, colocando esse hábito como indispensável no Currículo Básico Comum, com obras brasileiras e internacionais que facilitem a compreensão de textos básicos e complexos. Ademais, cabe ao Ministério da Educação incentivar a escrita por parte dos alunos, desde o ensino fundamental, cobrando a elaboração de redações, cartas e anúncios, de forma a facilitar o processo de alfabetização funcional, para que no futuro o brasileiro possa desatar-se de suas correntes da ignorância.