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Enviada em: 20/03/2019

No Brasil, desde o período colonial, a educação já era um aspecto social elitizado. Entretando, séculos depois, o problema ainda persiste, como preconizado pelo IBGE em 2016, mostrando que a taxa de jovens entre 15 e 20 anos que não sabiam ler e escrever era de 7,2% e o taxa de idosos na mesma categoria, maior ainda. Tendo em vista a importância da educação na vida de qualquer ser humano, se faz necessária a tomada de providências, por parte de órgãos sociais e políticos governamentais, para que se encontre alternativas para reduzir o analfabestismo funcional no Brasil.     Um importante ponto que deve ser analisado são as condições as quais o ensino público é oferecido, visto que aspectos como infraestrutura, materias didáticos e profissionais qualificados são fundamentais para compôr uma educação eficiente e de qualidade. Em virtude disso, é possível entender o obstáculos enfrentados por grande parte dos estudantes em sua jornada de formação educacional. Obstáculos estes que muitas vezes resultam em pessoas alfabetizadas, que dominam o básico, como  a escrita e a leitura, mas que não são capazes de ter plena compreensão do que estão lendo.     Em segunda análise, deve-se relacionar a relevância do analfabetismo quanto à ascensão social, bem como a empregabilidade. Atualmente, a maioria dos empregos, principalmente os de melhor remuneração, são regidos pelo nível de especialização do funcionário. E isso está diretamente ligado à capacidade do mesmo de ir além do que ler e escrever mas, sim, de interpretar e produzir textos. Conforme preconizado pelo Jornal da Record, em 2016, mais da metade da população brasileira entre 15 e 64 anos sabe ler e escrever, mas encontra grande dificuldade para interpretar textos, tal como produzi-los. Baseado nesse dados, pode-se observar uma das grandes razões para as significativas taxas de desemprego que, consequentemente, resulta em dificuldades para ascender socialmente.     Paulo Freire, educador e filósofo brasileiro, afirmou que se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Baseado nisso e nos fatos supracitados, é indiscutível a necessidade de reduzir o analfabetismo funcional. Cabe, então, ao governo federal, a redistribuição de verbas para que sejam feitas melhorias nas escolas em relação a infraestrutura, à disponibilização de materias essenciais a todos os alunos e a contratação de profissionais de qualidade e que os mesmos sejam devidamente remunerados. Cabe ao meio midiático, a circulação, em horário nobre, de propagandas que incentivem os responsáveis a manter as crianças e jovens nas escolas. E cabe às ONGs, a realização de oficinas e/ou aulões com o intuito de atender aos mais velhos também. Assim, talvez seja possível acreditar em um Brasil com futuro melhor.