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Enviada em: 14/03/2019

Mutação Obsoleta   A Constituição Cidadã, promulgada em 1988, garante que o Estado e a família têm o dever de incentivar o processo educativo de um cidadão. Logo, a falha desse encargo faz surgir os maiores entrevês da educação: a falta de criticidade e raciocínio lógico. Sem essas aptidões o analfabetismo funcional se faz presente em milhões de brasileiros, impedindo uma visão ampla de mundo e vulnerabilizando-os à manipulação.   Quando nos inserimos em um ambiente escolar, não garantimos que a alfabetização ofertada é adequada com a precisão cotidiana. A datar da década de 60, Paulo Freire começa a ser reconhecido pelo seu método de alfabetização, o mesmo acreditava que para uma educação plena não basta apenas o letramento, visto que uma sociedade é composta pela compreensão de diferentes âmbitos. Por conseguinte, as políticas públicas não olham para a situação indiciada como uma questão social, uma vez que, a incapacidade da resolução de problemas do próprio cotidiano aumenta a desigualdade e gera lucros em cima do "desinteresse" em melhorar a estrutura social.   Nos padrões vigentes o nível de escolaridade não diz respeito a cognição, pois, com a facilidade de acesso a tecnologia somos induzidos direta e indiretamente a agir de determinada forma sem o ato de pensar na procedência que nos impeliu até ali . Durante o Estado Novo, o então presidente Getúlio Vargas, censurou os meios de comunicação permitindo apenas os que enaltecessem seu governo, dessa forma, atraiu muitos admiradores nos quais não percebiam a respectiva presença diante de um regime totalitário. Haja vista, a elitização diante do acesso a alfabetização permanece pois é um processo que se concebe durante uma vida toda e não acompanha as condições de desigualdade, sendo assim, o privativo acúmulo de capital determina quem terá acesso aos livros, seja eles didáticos ou literários.   Portanto, indubitavelmente, o aprimoramento de uma coletividade só existirá com a educação. Diante disso, cabe ao Estado possibilitar uma ampliação no viés da leitura por meio de bibliotecas públicas e também, impor na grade curricular rodas literárias referentes as disciplinas de filosofia e sociologia de modo a condizer com o nível escolar, assim , o pensamento crítico acompanhará os alunos matriculados desde o início. Ademais, a família deve estar ciente da realidade escolar por intermédio do comparecimento às reuniões propostas pela instituição, observa-se assim o rendimento da escola e do seu laço particular. Em suma, essas contribuições trarão condições de inclusões justas para os circunstanciados e a aproximação do total cumprimento da Constituição.