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Enviada em: 13/03/2019

Para Rousseau, filósofo iluminista, o homem é produto direto do meio em que vive e da educação que recebe. Nesse sentido, quando se fala em analfabetismo funcional vê-se, pois, que a educação é primordial para a transformação dessa problemática. É um pesar notar, porém, que, devido ao vexatório sistema educacional e da falta de desvalorização da própria população, o Brasil pouco valoriza esse agente de transformação social.       Em primeiro plano, destaca-se que o analfabetismo funcional é a incapacidade do indivíduo que, embora reconheça letras e números esse não compreende textos simples e operações matemáticas mais elaboradas. Referente a isso, apesar da educação ser democrática, a falta de infraestruturas adequadas para manter o aluno nas escolas revelam a grande falha do sistema educacional, dentre elas a metodologia arcaica e a escassez de estruturas adequadas, sobretudo em áreas menos favorecidas a qual tem como consequência a evasão escolar. Segundo dados do PNAD em 2014, 54% dos jovens não concluiu sequer o ensino fundamental, um fato prejudicial, visto que o mercado contempla mais profissionais especializados, logo esse fica à mercê da marginalidade acarretando consequências diretas no desenvolvimento do país.         Concomitante a isso, evidencia-se o desprestígio da leitura como um dos pilares para o analfabetismo funcional, visto que o hábito de ler contribui com aspectos cognitivos do indivíduo. Nesse sentido, o brasileiro não é incentivado desde a infância, uma vez que esse dá mais importância as atividades de entretenimento momentâneas, a exemplo das obras literárias adaptadas ao cinema. Por outro lado, não há cobrança por parte da população acerca do aparato pedagógico como a reformulação da linha de aprendizagem e infraestruturas que possam aprimorar o ensino, pressupondo que a inexistência de estatísticas contrárias não há necessidade de políticas públicas para melhorá-la.              Portanto, é preciso transformar essa realidade caótica. Para tanto, o Poder Executivo deve promover uma ampliação nos subsídios ofertados a educação, a partir de investimentos na estrutura escolar e na capacitação de professores no qual esses realizem projetos que integre as disciplinas ao cotidiano do aluno como pesquisas e métodos inovadores, a fim de valorizar o sistema educacional e lapidar as atividades intelectuais do aluno. Ademais, o Ministério da Educação necessita difundir ações que influencie os pais a estimular o hábito da leitura em seus filhos, por meio do convênio com escolas que realize a prática de leitura em grupo, para que os alunos sejam entusiasmados entre si. Desse modo, o problema do analfabetismo funcional será erradicado e, sendo assim a educação será plenamente um agente de transformação evidenciando a fala do filósofo.