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Enviada em: 14/03/2019

A Constituição Federal Brasileira, promulgada em 1988, prevê a todos o direito à habitação, trabalho digno, segurança e educação. No Brasil, entretanto, os alarmantes índices de analfabetismo funcional apresentam-se como uma problemática a ser enfrentada em nossa sociedade. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas, consequências e possível medida para diminuir esse fenômeno.    Inicialmente, podemos destacar que com o advento da Revolução Técnico-Científica, houve, no mundo, a universalização do acesso aos meios de comunicação através do processo de globalização. Infelizmente, no Brasil dos dias atuais, o que ocorre vai à contramão da flexibilização da informação proporcionada por esse fato histórico. Dados coletados através da revista Veja indicam que três em cada dez jovens e adultos de 15 a 64 anos no país, são considerados analfabetos funcionais. Esse grupo tem dificuldade de decodificar e interpretar mensagens expressas por meio de letras e números em situações cotidianas. Tal situação é, portanto, reflexo das ações governamentais na educação básica brasileira, que não têm sido suficientes para a efetiva modificação da qualidade do ensino em nosso país.    Ademais, é importante enfatizar que o inadequado letramento gera consequências graves à população brasileira. Como exemplo, podemos citar os preocupantes índices de evasão escolar declarados pelo IBGE, caracterizando uma espécie de desistência por parte do educando, além da dificuldade dos profissionais da área da saúde atingirem um atendimento adequado e suficiente. Prova disso foi a diminuição da cobertura vacinal em 2018, diante da crescente circulação de notícias falsas nas redes sociais, mesmo diante das evidências científicas de que essas imunizações são seguras. Dessa forma, muitos que se dizem "leitores", não conseguem comentar criticamente a notícia lida, impulsonados pela má interpretação de dados ou gráficos.     Para o filósofo Immanuel Kant, "o homem é aquilo que a educação faz dele". Destarte, alternativas para reduzir o analfabetismo funcional devem, portanto, ser priorizadas. Para isso, é importante que as Casas Legislativas realizem propostas de leis para posterior sanção do Presidente da República. Essas leis devem determinar que o Ministério da Educação amplie a grade curricular das disciplinas de filosofia e sociologia nas escolas públicas, possibilitando a formação do pensamento crítico por parte dos matriculados, além de capacitação dos agentes da educação, de modo que os professores tenham um trabalho individualizado com os alunos, através de monitorias e oficinas de aprendizagem que valorizem as habilidades específicas, visando diminuir a evasão escolar. Assim, será possível o desenvovimento de uma educação de qualidade no Brasil, com decremento do analfabetismo funcional.