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Enviada em: 16/03/2019

Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no ano de 1808, foi implantada a primeira universidade do país. A instituição localizada na Bahia tinha como principal objetivo ampliar o sistema educacional para a elite brasileira. No entanto, esse ato não se configurou como inclusivo, já que sua abordagem foi elitista e classicista. Essa realidade se faz presente até a contemporaneidade graças à falta de investimentos na educação pública, logo, milhões de cidadãos não têm acesso à educação básica de qualidade,  formando milhões de analfabetos, sejam eles absolutos ou funcionais.    De início, convém lembrar que a educação brasileira não é acessível, democrática, plural e inclusiva. O sistema educacional é falho desde a sua gênese, visto que, o governo não investe na educação básica, privando uma majoritária parcela da sociedade que não tem condições de pagar pela educação. Aqueles que não têm uma boa base educacional acabam tendo dificuldade em escrever e interpretar textos e realizar operações matemáticas básicas, são esses os chamados analfabetos funcionais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o analfabetismo alcança cerca de 13 milhões de brasileiros. O Ibope Inteligência afirma que três em cada dez jovens e adultos são analfabetos funcionais. Esses números preocupantes são reflexo de uma nação que não incentiva, prioriza e investe  no ensino básico de qualidade para as classes proletárias.   A constituição cidadã de 1988 prevê educação de qualidade à população, em contraste, o governo haje com imensurável descaso, tornando a esfera educacional uma realidade exclusiva e, de certo, utópica para muitos cidadãos. Dessa forma, torna-se evidente o porquê de tantos brasileiros terem uma imensurável dificuldade em ler e interpretar textos simples. Essas pessoas são deixadas à margem da sociedade, enfrentando muitos problemas no âmbito econômico, social, familiar e cultural. O analfabetismo funcional pode causar inúmeros traumas, como por exemplo, a dificuldade na hora de realizar uma compra ou pedir o troco no supermercado. Segundo o educador Paulo Freire "não se pode falar de educação sem amor", assim, pode se concluir que para obter uma educação inclusiva e com virtudes, deve-se ter empatia para com a população e respeito à constituição.   Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. O Ministério da Educação em parceria com os governos estaduais, deve promover pleno acesso à educação de qualidade. O Estado Brasileiro deve promover melhorias na esfera educacional a partir de investimentos em infraestrutura e aulas de apoio nos turnos opostos para ajudar os estudantes a desenvolver suas habilidades cognitivas. É imprescindível, também, que as escolas ofereçam atividades lúdicas à comunidade, com fim facilitar o aprendizado, tornando-o acessível para todos, mantendo assim, a dignidade e educação do povo.