Materiais:
Enviada em: 22/10/2017

Durante a Brazil Conference em Harvard, o filósofo e escritor brasileiro Olavo de Carvalho declarou que 80% dos formandos de universidades do Brasil são analfabetos funcionais. Esse problema acontece quando o indivíduo lê e escreve, mas não tem competência para interpretar aquilo que foi lido. Entretanto, Olavo foi contrariado por uma espectadora que afirmou que o índice seria de apenas 1%. Em vista disso e, sem saber quem está correto, analisar sobre as causas é o principal caminho para combater esse problema social brasileiro.     Em uma primeira análise, verifica-se a falta de qualidade na educação básica infantil. Segundo Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Por esse ângulo, é necessário ensinar as crianças, no decorrer da alfabetização, a ler as palavras, escrever frases e interpretar textos, uma vez que se os pequenos não são alfabetizados corretamente nessa etapa escolar, provavelmente, terão dificuldade o resto da vida. Bom exemplo disso são os alunos copistas, que só copiam a matéria no caderno mas não sabem o ''a'' que escreveram. Dessa forma, tornarão adultos sem os conhecimentos correspondentes ao seu grau de estudos, no sentido de melhorarem a qualidade de suas vidas e auxiliá-los nas transformações sociais e culturais.     Em segundo lugar, observa-se a baixa escolaridade dos pais como o outro motivo do analfabetismo funcional no país. Conforme uma pesquisa do Instituto Paulo Montenegro, quando os pais têm nível superior, até 75% dos filhos são alfabetizados plenos. Isso mostra que a estrutura familiar possui uma importância enorme tanto no nível de instrução dos filhos quanto nos índices de alfabetização. Em virtude disso, inúmeras crianças que não foram fomentadas pelos pais sem estudos, possuem alguma dificuldade que torna-se uma ''bola de neve'' que não pode ser revertida. Assim, o peso da educação dos pais na dos filhos é fundamental para aumentar as chances de sucesso da alfabetização funcional.     Fica evidente, portanto, que a ausência de uma boa educação de base dos jovens e o baixo grau de instrução dos pais amplia o analfabetismo funcional no Brasil. Logo, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve criar cursos de atualização continuada dos professores recorrendo a metodologias apropriadas e materiais pedagógicos, a fim de incentivar os alunos nas atividades que trabalhem com inteligência, pensamento lógico e capacidade de relacionar temas diferente para que o aprendizado seja o mais eficiente possível. Além disso, cabe os pais estimularem a escrita dos filhos através de um diário que conte as histórias que vivenciou no dia, com o intuito de aprimorar a alfabetização para internalizar o hábito de escrever e interpretar nessa fase da vida. Com essas medidas, o Brasil não terá nem 1% de analfabetos funcionais.