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Enviada em: 27/10/2017

São chamados de analfabetos funcionais os indivíduos que, embora saibam reconhecer letras e números, são incapazes de compreender textos simples, bem como realizar operações matemáticas mais elaboradas. No Brasil, o número de analfabetos funcionais é alarmante, acometendo mais de 50% da população. A dificuldade de realização de operações e de compreensão dos gêneros textuais, mesmos os mais simples e mais acessados no cotidiano, prejudica o desenvolvimento intelectual, pessoal e profissional do indivíduo. Diante disso, tornam-se passíveis de discussão os desafios enfrentados, hoje, no que se refere à questão do analfabetismo funcional no Brasil.      O número de analfabetos tem diminuído no território brasileiro nos últimos anos, mas o analfabetismo funcional ainda é um grande desafio, atingindo até mesmo estudantes de ensino superior. Conforme uma pesquisa feita pelo Instituto Pró-Livro, 50% dos entrevistados declararam não ler livros por não conseguirem compreender seu conteúdo, embora sejam tecnicamente alfabetizados. Esse alto índice reflete a baixa qualidade do sistema de ensino do país e da falta de infraestrutura das escolas. Há carência de investimento por parte do governo em educação e isso pode promover aos alunos série de consequências que os prejudicarão tanto moral, quanto socialmente.       Ademais, o analfabetismo funcional também é causado pela falta de hábito de leitura. Uma pesquisa realizada pelo Ibope aponta que 44% da população brasileira não lê e 30% nunca comprou um livro. Com o constante avanço tecnológico, a ascensão virtual passa a ser um elemento bastante presente, e assim, cada vez mais, o hábito da leitura se desconcilia do ambiente social. As escolas deveriam ser uma grande porta de entrada para o universo dos livro, porém, no Brasil, 53% das 120,5 mil escolas existentes nas redes públicas não têm biblioteca ou sala de leitura  conforme levantamento feito em 2015 pelo portal Qedu. A falta desses ambientes diminui ainda mais o hábito de leitura entre crianças e jovens, tornando grande a chance de se tornarem analfabetos funcionais.          Perante os fatos expostos, medidas devem ser tomadas a fim de reduzir o analfabetismo funcional no Brasil. Para isso, cabe ao Governo investir na educação por meio da melhora da infraestrutura das escolas, criando bibliotecas e salas de leitura, na tentativa de reduzir os casos de analfabetos funcionais por culpa de escola e governo. Cabe à mídia, por meio de campanhas, mostrar os malefícios que a falta da leitura pode causar e como ela é tão essencial, para tentar amenizar esse mal que alastra a sociedade. Além disso, faz-se necessário, em ambiente familiar e escolar, a incitação da leitura, não apenas às crianças, mas a um todo, já que nunca é tarde para começar. Destarte, tomadas em conjunto, essas medidas contribuirão para amenizar o índice de analfabetos funcionais no Brasil.