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Enviada em: 25/10/2017

Segundo o filósofo grego Platão, a busca pelo conhecimento afasta o indivíduo do estado de ignorância. Desse modo, é o observado no Brasil que é grande o índice de analfabetos funcionais, ou seja, brasileiros que embora saibam ler e escrever, possuem incapacidade na interpretação de textos, na argumentação e em outros fatores relacionados. Logo, a ideia defendida por Platão entra em contradição com o cenário encontrado no país. Analisando esse contexto, nota-se uma problemática em relação ao analfabetismo funcional, sendo um desafio ético e político a ser enfrentado.       O ensino na Idade Média era realizado pela Igreja e somente poderia adquirir estudos uma parcela restrita da sociedade, todavia, após o Iluminismo alguns elementos mudaram e os ensinamentos abrangeram maior parcela da comunidade, podendo assim, expandir o número de indivíduos alfabetizados. Contudo, atualmente o ensino brasileiro não conta com muitos recursos, desenvolvendo um desinteresse enorme da parte dos alunos, que não se esforçam para aprender da maneira correta. Além disso, as escolas não agem com o rigor necessário para estimular os estudantes, a não só se alfabetizarem lendo e escrevendo, mas entendendo o que está sendo escrito.       Por consequência, o mercado de trabalho conta com baixa qualificação profissional, devido a má formação desses indivíduos, que estavam apenas preocupados em avançar de série. Ademais, essas pessoas se tornam ausentes de senso crítico para lutar pelos seus direitos e defender seu ponto de vista, desenvolvendo uma sociedade alienada  que se convence com poucos argumentos. Dessa maneira, entra em pauta a teoria darwinista, selecionando os seres humanos que buscaram o conhecimento mais profundamente e conseguiram qualidade no ensino, gerando as desigualdades sociais.       Portanto, é imperativa ações que visem garantir a ética e o compromisso humano. Como gestor administrativo, o Estado deve investir em verbas para as escolas, realizando propostas de leis que defendam a maior qualidade do ensino. À educação, como ação modificadora da realidade, cabe promover debates que estimulem o senso crítico dos alunos e maior rigor na hora do ensino, por meio de mais compromisso de profissionais qualificados para esse setor. Por fim, cabe ao indivíduo a prática da busca pelo conhecimento, assim como defendia o filósofo Platão, pesquisando aprendizagens e tentando compreender as informações em sua volta. Somente assim, será possivel atingir uma sociedade ética, justa e sustentavel.