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Enviada em: 27/10/2017

Analfabetismo funcional e a contribuição brasileira      Assim como a Matemática, o estudo da Língua Portuguesa é cobrado, obrigatoriamente, desde o limiar do processo de conhecimento nas escolas. Deve-se, sobretudo, à importância da leitura e suas análises para a elaboração do senso crítico. Não obstante, percebe-se que grande parte da sociedade brasileira possui analfabetismo funcional. Nesse contexto, o debate de suas causas faz-se importante.      Com efeito, o analfabetismo funcional é incentivado através da cobrança branda feita pelos docentes das escolas. Essa cobrança é resultado de uma desmotivação causada pelos baixos salários e também pela precária infraestrutura escolar, pois há falta de materiais que dinamizam a aula, como o acesso à internet. Desse modo, mesmo com desempenho baixo, os estudantes são "empurrados" ao grau seguinte.       Outrossim, o analfabetismo funcional também é uma consequência da falta de acompanhamento contínuo por parte dos pais. Segundo a modernidade líquida mencionada por Bauman, as relações humanas esvaem-se e tornam-se cada vez menos concretas. Por conseguinte, a ausência dos pais em reuniões escolares e eventos afins são marcas dessa modernidade e tal circunstância  consolida uma despreocupação por parte dos filhos no ambiente escolar.       Destarte, infere-se que o analfabetismo funcional brasileiro envolve o governo e a sociedade civil e que medidas devem ser adotadas para mitigar o cenário. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação a garantia do aprendizado, seja pelo maior critério de aprovação, seja pelo estabelecimento de um piso salarial maior para os professores e aprimoramento da infraestrutura. Ademais, cabe às ONG's a discussão sobre a importância da família no desenvolvimento educacional dos filhos.