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Enviada em: 24/01/2018

Em "Vidas Secas", obra do escritor modernista, Graciliano Ramos, a crítica social nela representada é, de fato, uma realidade que ainda cerca os brasileiros. Crítica, esta, posta por Fabiano, personagem da narrativa, um homem analfabeto absoluto, animalizado e com caráter bruto e ignorante. Por outro lado, fora da escrita, o analfabetismo presente na sociedade atual, porém, é classificado, por sua vez, como analfabetismo funcional. Ou seja, o indivíduo reconhece letras e números, mas não é capaz de realizar atividades mais complexas. Desse modo, convém discutirmos as alternativas que seriam capazes de erradicar essa problemática no Brasil.   Em primeiro lugar, vale ressaltar que a prevalência deste impasse é consequência direta de uma má  educação de base. Isto é, ainda quando criança, a necessidade de um bom ensino e educação é essencial para a formação adequada do indivíduo no meio social, no entanto, o que é visto no Brasil, são escolas com infraestrutura em péssimas condições, falta de materiais e, muitas vezes, professores desqualificados. Com isso, é evidente que a má formação destas crianças é vista como um resultado esperado, porém, possível de ser evitado.   Diante disso, é importante pôr em destaque que, segundo o IBGE, cerca de 13 milhões de pessoas maiores de 15 anos possuem tal defasagem na educação e aprendizado, no Brasil. Sob esse aspecto, é notório que a nação se encontra em estado de alerta e, para que esse estado se torne estável, é imprescindível uma reforma no ensino de base, pois, com isso, o problema pode ser resolvido de forma gradual.   Portanto, para que o Brasil não forme mais cidadãos como Fabiano, é fundamental que o Ministério da Educação invista na rede de ensino básica, através de novos materiais, mais professores em aulas para ajudar aqueles com maiores dificuldades, aulas de reforço, melhoria no ambiente escolar e na promoção de atividades cognitivas, de maneira que forme crianças (o futuro da nação) com maior capacidade de intelecto e melhor convivência em sociedade. Espera-se, com isso, um Brasil mais avançado e desenvolvido, diferente daquele antigo país representado na obra literária de Graciliano Ramos.