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Enviada em: 25/01/2018

Durkheim afirma que a sociedade é um organismo vivo, ou seja, todas as áreas devem viver em consonância para o bem-estar geral. Contudo, é notável a incapacidade de interpretar textos por grande parte dos alfabetizados brasileiros, ocasionando assim, um déficit nas mais diversas áreas, a exemplo no âmbito laboral.    Assim, ainda no século XIX, a escola literária do naturalismo afirma que o homem é fruto do meio. Nesse tocante, quando o indivíduo tem o primeiro contato com a leitura, ela não é apresentada como um hábito prazeroso, mas de exigência. Desse modo, cria-se uma sociedade que aprende a ler por obrigatoriedade, sem se preocupar com a real intencionalidade. Ademais, a sociedade brasileira é baseada na pedagogia da catástrofe, em que o estado não age, mas só reage, indo contra leis newtonianas e tendo que lidar com as consequências.     Outrossim, segundo o site UOL, apenas 8 em cada 100 brasileiros adquirem a capacidade de interpretar e redigir qualquer tipo de texto. Tal dado não é prejudicial exclusivamente no âmbito da leitura, visto que ela é a base para diversas outras habilidades cognitivas, a exemplo da aprendizagem. Ademais, uma sociedade que não entende o real significado de uma mensagem não consegue, assim, aflorar seu senso crítico sobre o que o que lhe é imposto, ficando suscetível a ser influenciada por qualquer pessoa que conheça os mecanismos de persuasão.    Torna-se evidente, portanto, que o analfabetismo funcional persiste no Brasil hodierno e atinge os demais âmbitos da sociedade. Dessa forma, para minimizar esse fenômeno é necessário que o MEC estabeleça oficinas de leitura livre nas escolas de base, com o uso de livros atrativos e ilustrativos. Assim, as crianças poderão escolher ler o que atrai sua atenção, a fim de que se torne uma leitura prazerosa e sem pressões. Com isso, sua capacidade de interpretar o que está lendo será uma consequência.