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Enviada em: 03/04/2018

Um dos maiores atributos que uma pessoa possui é a sua perspicácia, que advém de um conhecimento bem consolidado baseado no estímulo à criticidade de um indivíduo. Nesse contexto, em virtude do preocupante avanço do analfabetismo funcional no Brasil, que consiste na incapacidade das pessoas em interpretar textos simples, torna-se essencial discutir formas para reduzir esse problema, a fim de estimular tal criticidade.     Diante disso, percebe-se que um dos maiores entraves no que refere à redução dessa modalidade de analfabetismo é o falho sistema educacional brasileiro, o qual não valoriza o desenvolvimento da percepção crítica e da criatividade dos seus alunos. Conforme analisou o escritor e filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, o analfabeto funcional é aquele leitor insensível às particularidades de um texto, em que apenas a leitura mecânica, desacompanhada de reflexões, rege o seu entendimento.       Dessa forma, é preciso compreender como a negligência governamental se reflete na carência de uma educação de qualidade. Por essa razão, a falta de investimentos em infraestrutura nas escolas públicas brasileiras, em novas metodologias de ensino e na qualificação de professores, têm contribuído para a propagação do analfabetismo funcional. Além disso, certas políticas públicas criadas pelo governo com o intuito de favorecer o aluno repetente, que precisa concluir o ensino médio, têm levado cada vez mais alunos incapacitados a ingressarem em cursos superiores.        Portanto, de forma a combater o avanço do analfabetismo funcional no Brasil, é imprescindível que o governo faça uma reforma na educação do país, atentando-se para a qualificação do ensino, melhoria na infraestrutura das escolas e foco nas especificidades dos alunos. Para tanto, é  essencial que haja um maior investimento em novas metodologias de ensino, como a educação à distância, por meio da promoção de plataformas online e da  inclusão digital. Ademais, é preciso que o governo reveja determinadas políticas públicas na área educacional, a fim de reconhecer seus erros e aprimorá-las. Só assim será possível reduzir o analfabetismo funcional.