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Enviada em: 13/03/2018

Do ponto de vista quantitativo, o Brasil alcançou conquistas surpreendentes acerca da educação no século XXI. Porém, no que diz respeito a qualidade, o país ainda enfrenta o grande problema do analfabetismo funcional. De acordo com o INFA, apenas 8% da população entre 15 e 64 anos se encontram no quadro de leitores plenos, com  todas capacidades necessárias pra entender o contexto em que vivem. Esse problema é  consequente das más administrações econômica e operacional da educação.        Segundo o IBGE, na primeira década do século, o número de brasileiros com ensino superior quase dobrou, chegando à 7,9% da população.Entretanto,o INFA apontou que apenas 27% dessas pessoas estão em alfabetização plena.Isso significa que a maioria de nossos graduados não têm habilidades nem para analisar informações e textos complexos nem para desenvolver soluções para possíveis problemas.Esse impasse perpetua-se,uma vez que,no Brasil,as responsabilidades pedagó-gicas são,periodicamente,procrastinadas do ensino fundamental ao superior.       Embora os gastos com educação tenham aumentado positivamente nos últimos anos,o país prioriza o ensino superior e negligencia a base educacional.Conforme a OCDE,o Brasil investe mais que países europeus, no ensino superior,e está entre os que menos investem no básico.À vista disso,as universidades deixam de fazer sua parte para remediar os déficits primários dos alunos,que foram ignorados até esta.Ademais,o número de diplomados,que maquia a educação do país,é desmentido pelo ranking do PISA,onde o Brasil permanece nas últimas posições.      Destarte,para solucionar o analfabetismo funcional no país, é fundamental uma reorganização econômica na educação.Isto posto,o Ministério da Educação pode redirecionar os investimentos gastos pelas Universidades em "remediação educacional" para os ensinos médio e fundamental,pois, assim, garante-se qualidade na alfabetização e talvez nossos números deixem de ser apenas maquiagem.