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Enviada em: 12/03/2018

Educação: Aperfeiçoamento da Humanidade        No contexto pós década de 30, no Brasil, a educação tornou-se universal e ofertada pelo Estado. Ainda assim, nos dias atuais, o avanço na quantidade de ensino não significa aumento na qualidade, uma vez que, o índice de analfabetismo funcional, ou seja, quando o indivíduo não interpreta textos e realiza operações simples, aumentou sistematicamente na última década: segundo o Instituo Paulo Montenegro, mais de 25% dos brasileiros ocupam essa condição. Tais fatos, são consequências da falta de acesso efetivo a educação e um sistema rudimentar de educação e avaliação.        Dessa forma, mesmo com programas governamentais de acesso ao ambiente escolar como o Programa Caminho da Escola, uma parcela da sociedade, sobretudo a infantil –período crucial para a aprendizagem– não possui mecanismos locomotivos ou financeiros para irem até a escola. Além disso, uma parte das escolas, principalmente as interioranas, comportam alunos além da sua capacidade, o que lesa o acompanhamento individual de ensino que cada professor deve ter com o alunado e consequentemente contribui para as várias deficiências na formação escolar do indivíduo.       Nesse ínterim, segundo o programa Todos Pela Educação, quase metade dos alunos chegam ensino fundamental II com aprendizagem inferior ao que se esperava, soma-se isso ao fato de mais da metade dos municípios não possuem planejamento escolar de acordo com o Planejamento Escolar Municipal (PNE). Logo, é notório que o modelo atual de educação produz indivíduos sem o mínimo para desenvolver o pensamento crítico, situação essa agravada com a prática comum de avançar alunos que não possuem os requisitos necessários para determinada etapa de ensino.        Diante desse cenário, os municípios aliados as secretarias de assistência social devem ofertar de maneira universal o acesso locomotivo até as escolas, com a finalidade de educar toda a população na idade mais crítica de aprendizagem, à infância. Junto a tal medida, cabe a realização de parcerias entre o Ministério da Educação e os estados e municípios na elaboração de planejamento escolar de acordo com a realidade de cada cidade com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e incluir a modalidade de educação para jovens e adultos a fim de reduzir taxas de analfabetismo nessa etapa da vida, sempre a buscar um método de educação orientada e independente com a finalidade de gerar análise crítica e compreensiva aos estudantes. Além disso, sensibilizar à família a acompanhar o desenvolvimento escolar do alunado. Assim, seguindo esses passos será reduzida o analfabetismo funcional no Brasil, pois assim como dizia Immanuel Kant, é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade.