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Enviada em: 20/03/2018

A persistência do analfabetismo funcional no Brasil deve-se à falta de investimentos na educação que priorizem a autonomia de pensamento dos estudantes. A  incapacidade de interpretar e argumentar da maior parte da população favorece um pequeno grupo o qual se aproveita da situação a fim de garantir sua perpetuação no poder.      Uma evidência de que o analfabetismo funcional tornou-se conveniente à alguns é o seu histórico no Brasil. Por cem anos, os analfabetos não possuíam o direito ao voto, conquistando-o somente em 1985, fim da ditadura militar. Políticos defensores da suspensão desse direito civil acreditavam que era uma forma de impedir a influência de cidadãos considerados "subversivos" na democracia.      Tendo em vista a relação entre o analfabetismo funcional e o exercício da cidadania no Brasil, é possível ainda analisar tal cenário por intermédio do Esclarecimento Kantiano - segundo o filósofo Immanuel Kant, o esclarecimento seria a saída do homem da sua menoridade, ou seja, quando esse deixa de permitir que as pessoas tomem decisões por ele ao desenvolver o pensamento autônomo. Sob esta perspectiva, as alternativas para reduzir o analfabetismo funcional no Brasil encontram-se no desenvolvimento de uma educação a qual priorize o esclarecimento dos estudantes, para estes exercerem plena cidadania.       Uma dessas alternativas seria por meio de incentivos promovidos pelo Ministério da Educação juntamente com as plataformas digitais e a televisão, através dos quais os cidadãos poderiam se informar e serem persuadidos a acessarem sites que ofereçam o acesso online à educação de forma interativa. Isso por efeito do número de brasileiros - incluindo os analfabetos funcionais - que estão ingressados nessas plataformas, principalmente os estudantes em formação.