Enviada em: 08/05/2018

A análise crítica dos aspectos sociais é contrária à visão resignada da massa popular. Como disse o ex-presidente norte-americano John Kennedy, o conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento. Em vista dessa condescendência social, observa-se que o elevado índice de analfabetismo funcional no Brasil é um episódio relevante e com tendência a se perpetuar caso não haja uma apreciação séria e resolutiva.       Em uma primeira análise, a obra "O Ateneu", de José de Alencar, retrata a escola como um microcosmo da sociedade, na qual o que acontece na vida social é reflexo do que foi aprendido no ambiente escolar. Nesse viés, observa-se a relevância que a escola desempenha no desenvolvimento de pessoas críticas e na formação social. Para isso, ela deve ser bem estruturada com professores qualificados e com investimentos constantes por parte do Governo. Porém, nota-se que no Brasil tais instituições não são tratadas com prioridade, pois, por exemplo, como mostram dados da revista Exame, 35 milhões de brasileiros são analfabetos funcionais, e isso traz sérias consequências como o aumento do desemprego e aumento dos trabalhos informais.       Em uma segunda análise, a filosofia positivista, proposta por Auguste Comte, entende que os fenômenos sociais e naturais podem ser entendidos e explicados pela observação científica e, preferencialmente, aplicados em benefício humano. Porém, ao passo que o homem proporcionou o desenvolvimento das tecnologias da educação, não houve uma preocupação na aplicação eficiente nas escolas públicas, com isso, a grande massa da população que só tem acesso aos estudos por meio do ensino público foi muito afetada. Nesse viés, necessita-se de políticas públicas que solucionem os preocupantes índices do analfabetismo funcional no Brasil.       Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver esse problema. Sendo assim, para se resolver a questão do analfabetismo funcional no território brasileiro, deve haver campanhas midiáticas com apoio de ONGs sobre a importância de uma escola consolidada com uma infraestrutura funcional e eficiente para que as pessoas tenham uma formação digna; devem, ainda, existir projetos de extensão universitária das faculdades de Ciências Sociais e Pedagogia com ciclo de palestras abertas à comunidade sobre as consequências de um ensino deficitário, para que os órgãos competentes tomem medidas eficazes para reverter esse vergonhoso problema. Além disso, devem ser desenvolvidas campanhas escolares com a participação de todos os professores e alunos mostrando a disparidade entre o ensino privado e público, como também mostrando consequências futuras como o desemprego e aumento da criminalidade.