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Enviada em: 16/06/2018

A Quarta Revolução Industrial, como foi chamada pelos autores da obra de mesmo nome, Daniel Moreira Miranda e Klaus Schwab, é marcada pela convergência entre tecnologias digitais, físicas e até mesmo biológicas. A sociedade contemporânea, pautada pela facilidade e pelo imediatismo no que diz respeito à obtenção de serviços, com o auxílio da tecnologia interativa, impõe óbices e dificulta a competição no mercado de trabalho entre prestadores de serviços de empresas tradicionais e seus despersonalizados adversários, os aplicativos de celular.     Há diversos serviços análogos disponíveis, isto é, empresas tradicionais e plataformas virtuais disputam pelo desempenho do mesmo ofício. A exemplificar, podemos citar os conflitos entre Uber e licença de táxi, bem como entre Netflix e empresas de TV a cabo. Neste ponto, a facilidade de alcance, a acessibilidade de preços, a qualidade do serviço prestado, e até mesmo os meios de divulgação, muitas vezes, acabam deixando as empresas tradicionais em desvantagem no mercado de trabalho.        O maior argumento utilizado pelos trabalhadores das empresas formais é que estão sujeitos a maior tributação e controle estatal do que seus concorrentes. Entretanto, essa afirmação não é em todo verdade, uma vez que, apesar da maior carga tributária e regulamentação, os empregados “tradicionais” estão protegidos pela legislação trabalhista, além de, em alguns casos, também serem beneficiados com isenções de impostos e menor rigidez no controle da qualidade do serviço oferecido.     Em que pese haja argumentos convincentes para ambos os lados dessa “guerra” na modernidade, o que deve prevalecer é sempre o direito de escolha e a opinião do consumidor desses serviços. Em vista disso, a resolução do problema não reside na estatização ou não de empresas relacionadas a aplicativos de prestação de serviços, e sim na melhoria da qualidade do serviço oferecido pelos funcionários mais tradicionais. Na era do livre mercado, é o consumidor quem dita as regras, sendo ele a quem, de um modo geral, devemos satisfazer.