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Enviada em: 16/06/2018

Desde a primeira revolução industrial, o medo sobre as tecnologias novas existe, pois quando as grandes máquinas têxteis foram anunciadas, os artesãos acharam que iriam ser vencidos. A cada inovação, pessoas ficam receosas por perder seus empregos e serem superadas. Nessa nossa quarta revolução industrial, a revolução da internet e dos aplicativos, esse medo tem aparecido novamente, principalmente por parte das empresas tradicionais - que ainda não migraram para a internet, onde quase tudo de desenvolve hoje em dia. Os aplicativos de mensagem, transporte e tantos outros tomam cada vez mais espaço e crescem exponencialmente em nosso mundo contemporâneo.          Um dos principais pontos abordados por quem é contra o uso desse tipo de aplicativo é o que diz que eles vão acabar com milhares de empregos por conta da automatização dos processos. Isso até é verdade, pois muitas funções, antes imprescindíveis, tornaram-se obsoletas em um curso de apenas alguns anos. Trabalhos como o de locadoras de vídeo e de telefonista foram trocados por serviços de streaming e sites de pesquisa, mas, ao mesmo tempo em que algumas ocupações desaparecem, outras surgem, pois mesmo o melhor aplicativo precisa de manutenção e merchandising. O trabalho de analistas de mídias sociais e de advogados especializados em direito eletrônico eram coisas inimagináveis 15 anos atrás, mas que hoje fazem muita diferença na sociedade.     Outra questão é que, quem trabalha com esses aplicativos não paga impostos ao governo. Realmente, fazer dinheiro com paraíso fiscal e, assim, poder oferecer um preço mais baixo aos consumidores cria uma competição desleal com os outros tipos de empresa, mas isso acontecia porque a legislação, tanto do Brasil quanto de outros países, foi criada antes do estouro e popularização desse tipo de serviço e função. Hoje em dia, entretanto, já foi aprovada uma lei que cobra impostos dos aplicativos e lojas que os vendem, tornando, portanto, este argumento inválido.       A insatisfação por parte de alguma categoria afetada pelos avanços tecnológicos infelizmente sempre existirá, mas o que tem que ser feito é regulamentar o uso e cobrança de impostos para aplicativos, aceitar que esse é e sempre foi o curso do mundo mas que, com o advento de novas coisas também surgem novos empregos e perceber que se as empresas tradicionais não se renovarem e reinventarem ao longo dos anos, serão ultrapassadas do mesmo jeito que já, um dia, ultrapassaram as que vieram antes delas. Não há como parar o avanço, então o que nos resta fazer é nos adaptarmos e abraçarmos ele.