Enviada em: 04/02/2019

Após o período literário do Romantismo e a idealização do indígena brasileiro, o escritor modernista, Mário de Andrade, desmistifica o nativo do Brasil. Na obra "Macunaíma", através do personagem principal, verdadeiro anti-herói, o autor constrói a imagem de um índio malandro, que perpassa os limites da moral e da ética. No entanto, embora a obra seja ficcional, é extremamente perceptível que o brasileiro, atualmente, ainda fere ideais éticos quando pratica a pirataria, prejudicando a economia nacional e o patrimônio cultural do país.       Em primeiro plano, segundo dados do Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP), entre dezembro de 2015 e maio de 2016, o Brasil deixou de arrecadar 721 milhões de reais em impostos, por conta da pirataria de filmes. Dessa forma, torna-se evidente que a economia local é altamente prejudicada por essa prática ilegal, que fere a Constituição de 1988 - Carta Magna do país. Sendo assim, já que tal atividade não é permitida por lei, é necessário que atitudes Estatais sejam tomadas, na tentativa de banir práticas de pirataria.       Em outro plano, também é notável que o comércio ilegal interfere, significativamente, na valorização do patrimônio cultural do Brasil. Enquanto a indústria cultural investe e estabelece preços, outras pessoas comercializam ilegalmente. Sendo assim, na medida em que a aquisição de mercadorias e serviços torna-se muito mais fácil e barateada, desvaloriza assim, o trabalho de algumas pessoas e seus produtos.        Portanto, na tentativa de diminuir o comércio ilegal, ações Estatais são medidas que impõe-se. O Governo pode agir punindo de maneira mais severa os cidadãos que praticarem o contrabando, através da reclusão e também de uma indenização monetária. Ademais, a escola também é agente fundamental, por meio de palestras educativas sobre a importância da compra de produtos e serviços de forma correta, livre de qualquer impedimento legal. Feito isso, será possível alcançar uma sociedade um pouco mais honesta, em que o contrabando caminha para a extinção.