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Enviada em: 10/02/2019

Em um dos episódios do desenho mais famoso dos Estados Unidos, Os Simpsons, um dos protagonistas começa um cinema em sua casa com a exibição de vídeos não autorizados é preso, mas no final acaba compreendendo a gravidade de seus atos. Assim como no cartum, na vida real a pirataria é tida como crime, e, mesmo com a prisão de inúmeros infratores, suas consequências ainda são sentidas. Quanto a estas, os danos financeiros causados às empresas e  aos produtores de conteúdo áudio-visual, e a biopirataria são um dos maiores problemas a serem enfrentados.       Em primeira análise, vale ressaltar que apesar da pirataria ser crime, muitos a veem como uma ferramenta para se alcançar algo, até então, inalcançável. Esse raciocínio pode ser percebido, por exemplo, ao se analisar a cultura dos animes em países como o Brasil. No começo dos anos 2000, os desenhos japoneses  chegavam ao país sem legenda e muito menos sem dublagem, isso fez com que grupos de pessoas traduzissem os episódios e os disponibilizassem publicamente. Consequentemente,  ao longo dos anos as redes legalizadas de transmissão de mídia adotaram novas línguas aos conteúdos, mas por serem pagas, permaneceram perdendo para sites ilegais e gratuitos. Como resultado, as produtoras e distribuidoras perdem milhões de dólares anualmente, levando muitas à falência.       Concomitantemente, fora do mundo virtual, nas vegetações, têm ocorrido de maneira constante a biopirataria. Esta, muito comum no Brasil e ao longo de toda floresta amazônica, ocorre quando uma nação tem produtos derivado da fauna e/ou flora comercializados sem permissão. Como exemplo desse crime, cabe citar o caso do cupuaçu e da rapadura, que apesar de serem originários do Brasil, haviam sido patenteados, respectivamente, pelo Japão e pela Alemanha. Se essa situação não fosse revertida, o país deveria pagar aos patenteadores toda vez que comercializassem produtos do gênero. Esse tipo de crime revela que não é apenas o mundo virtual que está suscetível a pirataria, mas também o mundo físico.       Dessa forma, avulta-se a necessidade de buscar, ao menos, mitigar o problema em questão. A fim de reduzir os acessos à conteúdos piratas, compete ao produtores e distribuidores o papel de elaborarem preços mais acessíveis e promoções ao público, assim a quantidade de novos consumidores aumentaria e compensaria a baixa no valor de venda. Ademais, com o fito de reduzir a biopirataria, é função do Governo investir mais em pesquisas e monitoração das matas, pois assim, reduziria-se o número de patentes perdidas para outros países e preservaria os ecossistemas.