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Enviada em: 06/04/2019

A pirataria, definida como a venda, cópia ou distribuição de materiais de propriedades ou marcas particulares, sem o devido pagamento dos direitos autorias, tem se tornado um problema recorrente e em crescimento. Assim, o produtor é desrespeitado e prejudicado, além de romper as convenções nas quais a sociedade é baseada, enraizada, ou seja, surgem consequências negativas desse mal uso da arte, que não só dizem respeito ao caráter daquele que pratica, mas também moldam uma comunidade social que aceita e não condena a ação.       Atualmente, no Brasil, a pirataria tem avançado agressivamente. Apesar de ser considerada crime pelo Código Penal, com penas de multa ou detenção de até um ano, ela vem aumentando cada vez mais, e agravando problemas sociais. De acordo com a FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria), a Netflix, fornecedora de filmes e séries mais notável (empresa de mídia de alto valor), obteve oito vezes menor acesso que grandes sites de pirataria. Ou seja, o país deixa de arrecadar, milhares de empregos são ameaçadas e impossibilita outros de serem criados, além da indústria de filmes, com um prejuízo por volta de 2 bilhões de reais.       Essa prática também gera certa defasagem na indústria cultural em muitos aspectos. O Brasil, por exemplo, possui 48% da música, 59% dos filmes e o mesmo virtualmente (cópias ilegais) de produtos falsificados contrabandeados. Essas altas porcentagens demonstram a ausência de valor aos patrimônios e/ou símbolos, e suas graves consequências, como os prejuízos monetários e as lojas que acabam sendo fechadas resultando em desemprego (o qual atualmente é elevado). Ainda assim, grande parte da população pirateia, sendo 84% deles jovens, entre 15 e 34 anos, os quais procuram downloads gratuitos quando deveriam saber que é errado, e não exercê-lo.       O vídeo "Pirataria" do canal Porta dos Fundos, divulgado no youtube, aborda justamente a noção de que as pessoas que a praticam estão conscientes de seus atos e efeitos. Nele, a consumidora demonstra estar cônscia da qualidade, e humoriza querendo o pior, ironizando a compra, visto que não se compra o que há certeza das péssimas condições. Ainda critica o controle, com a aparição de um policial que não os prende e nem pune, contudo quer adquirir um produto também.       Para que não haja mais o desrespeito ao contrato social que da o direito ao produtor do seu bem, ou seja, o pagamento dos direitos autorais, é necessário que as leis sejam efetivamente cumpridas pelos cidadãos, e caso ocorram, devem ser punidas conforme o Código Penal. Além disso, as escolas devem passar a ensinar aos alunos que é errado, visto que os jovens são a principal faixa etária que comete o crime, visando adaptá-los a agir corretamente.