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Enviada em: 19/04/2019

A pirataria, definida como a venda, cópia ou distribuição de materiais de propriedades ou marcas particulares, sem o devido pagamento dos direitos autorais, tem se tornado um problema recorrente e em crescimento. Assim, o produtor é desrespeitado e prejudicado, além de romper as convenções nas quais a sociedade é baseada, enraizada, ou seja, surgem consequências negativas desse mal uso da arte, que não só dizem respeito ao caráter daquele que pratica, mas também moldam uma comunidade social que aceita e não condena a ação. Desse modo, a pirataria prejudica a sociedade e seus valores.       Atualmente, no Brasil, a pirataria tem avançado agressivamente. Apesar de ser considerada crime pelo Código Penal como violação dos direitos autorais, com penas de multa ou detenção de até um ano, ela vem aumentando cada vez mais, e agravando problemas sociais, econômicos e culturais. De acordo com a FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria), a Netflix, fornecedora de filmes e séries mais notável (empresa de mídia de alto valor), obteve oito vezes menor acesso que grandes sites de pirataria. Ou seja, o país deixa de arrecadar, milhares de empregos são ameaçados e impossibilita outros de serem criados, além da indústria de filmes, com um prejuízo por volta de 2 bilhões de reais.       Essa prática também gera certa defasagem na indústria cultural em muitos aspectos. Conforme as associações Brasileira de Produtores de Disco e Anti-Pirataria Cinema e Música, o Brasil, por exemplo, possui 48% da música, 59% dos filmes e o mesmo virtualmente (cópias ilegais) de produtos falsificados e contrabandeados. Essas altas porcentagens demonstram ausência de valor aos patrimônios e símbolos, e suas graves consequências, como os prejuízos monetários e as lojas que acabam sendo fechadas resultando em desemprego (o qual atualmente é elevado). Ainda assim, grande parte da população pirateia, sendo 84% dos jovens, entre 15 e 34 anos, os quais procuram downloads gratuitos quando deveriam saber que é errado e não exercê-lo.       O vídeo "Pirataria" do canal Pota dos Fundos, divulgado no youtube, aborda justamente a noção de que as pessoas que a praticam estão conscientes de seus atos e efeitos. Nele, a consumidora demonstra estar cônscia da qualidade, e humoriza querendo o pior, ironizando a compra. Ainda critica o controle, com a aparição de um policial que não os prende ou pune, contudo quer adquirir o produto.       Para que não haja mais desrespeito ao contrato social que dá o direito ao produtor do seu bem, ou seja, o pagamento dos direitos autorais, é necessário que as leis sejam efetivamente cumprida pelos cidadãos e as escolas ensinem aos alunos que é errado, visto que os jovens são a principal faixa etária que comete o crime. Através de uma fiscalização mais rigorosa e o ensino do detrimento cultural e social que ela causa, cooperariam para uma significativa diminuição e possível fim.