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Enviada em: 28/04/2019

No século XVI, o diplomata inglês Thomas More escreveu o livro "Utopia", que retrata uma sociedade ideal, justa e coesa, remontando temas considerados vigentes até hoje. Entretanto, atualmente, ao avaliar que a pirataria persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, é notório que a idealização não saiu do papel, seja pela negligência governamental, seja pela ingênua mentalidade social.       Segundo Aristóteles em "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos. No entanto, esse conceito encontra-se deturpado, visto que a falta de profissionais qualificados na identificação e apreensão desse tipo de material, dificulta o controle do problema que gera R$ 2 bilhões em prejuízo para a indústria do cinema, segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria (FNCP) . Tal problemática ainda é intensificada pela falta de recursos a fim de criar plataformas digitais para reconhecimento e para denuncia do crime. Assim, a pirataria continua a acontecer, prejudicando marcas que custaram para elaborar seu trabalho.       Outrossim, esse fator é corroborado pela falta de cooperação da comunidade menos informada, que tende a comprar mercadorias piratas por não saberem sua procedência. Logo, é válido analisar que o desconhecimento acerca dos direitos autorais dos produtos influi no aumento desses casos no território brasileiro. Portanto, infere-se que a máxima aristotélica continua atual: não haverá espaço coletivo, se não for feito um esforço de cada um no sentido de contruí-lo.       Torna-se evidente, desse modo, que o problema é grave e não deve ser ignorado. A princípio, cabe ao Governo criar postos de denúncia online, para que os que presenciarem cópias e falsificações possam corroborar na apreensão, por meio de um maior contato entre vítima e polícia, a fim de tornar mais confortável o ato de denunciar. Paralelamente, cabe às ONG's distribuir cartilhas informando sobre o assunto, objetivando universalizar o uso correto e autêntico dos produtos. Por conseguinte,  será possível que a idealização de More torne-se realidade no presente.