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Enviada em: 18/05/2019

O primeiro uso do termo "pirata" para designar para aqueles faziam vendas ilegais nos mares foi na Odisseia de Homero, no período da  Grécia antiga. Na sociedade contemporânea, a pirataria é a prática de comercializar bens sem a autorização dos proprietários de certa marca. Embora seja atraente adquirir um produto muito semelhante ao original por um custo mais baixo, esse tipo de comércio gera  danos sociais, seja pela produção de maneira a arriscarem a saúde do consumidor, seja por contribuir para o trabalho escravo em países emergentes.        De fato, mercadorias falsificadas apresentam preços mais favoráveis - o que as tornam atrativas à população. Segundo Sérgio Buarque de Holanda, a cultura do "jeitinho brasileiro" atua nas ações dos indivíduos ao quererem obter vantagens de situações, como por exemplo, ao pagar menos por um produto. Desse modo, o cidadão consume bens de origem duvidosa os quais, muitas vezes, apresentam substâncias cancerígenas e que não oferecem resistência ao consumidor, como em produtos de beleza ou objetos que já estão estragados antes mesmo de serem comprados. Consequentemente, o consumidor se considera esperto por adquirir um produto que, em tese, apresenta funções iguais ao original por um custo mais baixo, contrai riscos à saúde.       Ademais, a  pirataria estimula a prática da mão de obra precária e desumana - o que pode ser considerada como trabalho escravo. Pesquisas feitas pelo jornal "El país" revelam que a China e a Turquia são os países onde são produzidas a maior parte dos produtos piratas no mundo. Outrossim, essas nações são conhecidas por apresentarem índices de piores condições de mão de obra, como por exemplo, por não remunerarem os trabalhadores, por não alimentá-los e por obrigarem eles a produzir milhões de peças por dia, sem descanso. Visto que a pirataria conceitua-se pela alta produção de bens falsificados, essa prática contribui para a necessidade de uma mão de obra barata- a qual não inclui direitos trabalhistas aos operário. Assim, os países que possuem grandes problemas de pobreza, considerados emergentes, são os que apresentam mais casos de trabalho escravo.        Em síntese, cabe às instituições de ensino juntas à mídia, com proatividade, o papel de conscientização através de divulgações sobre os danos da pirataria nas escolas e na televisão por meio de palestras elucidativas sobre as consequências do consumo de produtos falsificados acerca da saúde humana. Além disso, é necessário a transmissão de propagandas no horário nobre as quais introduzam a importância do consumo de origem confiável a qual não financie o trabalho escravo. Sem dúvida, a pirataria causa danos sociais, portanto, a educação formal - nas escolas e informal - pela mídia - são os maiores agentes possíveis de transformação do mundo moderno.