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Enviada em: 17/05/2019

" Made in China"                  Ruas congestionadas. Barracas feitas no improviso. Lona com bugigangas instaladas no meio fio. Um jovem exclama: "Roupa barata e de qualidade, freguês!". Negociação, menor preço e trato feito. Esse é o cenário vivenciado por frequentadores da cidade de Brás. Local com o maior fluxo de mercadoria ilegal do estado de São Paulo em que pessoas de todas as regiões realizam compras e vendas de produtos piratas. Tal situação não se limita a esse ambiente. Infelizmente, repetida no restante do país, prejudica o comércio  ocasionando o rombo da economia e perpetuando a disfarçada corrupção com o famoso "jeitinho brasileiro".       Mas para tudo se tem um jeito, não é mesmo? Por quê comprar um DVD original do novo filme lançado se hoje sites na  internet possibilita  download dessa longa metragem tão fácil? A precária fiscalização desse meio virtual estimula internautas de má índole construírem blogs e publicarem  além de vídeos como também arquivos sem liberação autoral, visando, muitas das vezes, capital de quem os assistem e fazem upload. Atitudes como essa levam a uma perda de milhões, senão bilhões, de reais das empresas de filmagens quem perdem a arrecadação financeira do público-alvo.       Do outro lado da tela, nota-se dentro de uma Feira Municipal a exposição para venda de diversos produtos piratas. Nomes de marcas, dentre elas, Paulo Ralph, Nike e Lacoste são estampadas com "preços de banana" nos vestimentos de  manequins dos feirantes. Consumidores desse local tendem a reclamar da corrupção dos seus governantes, enfatizam que a realidade política e econômica brasileira está inteiramente ligada à má gestão das cadeiras do congresso. Entretanto, não se envergonham do crime em que são cúmplices e negligenciam a gravidade e as consequências que existem na compra da mercadoria proibida.             Para além das fronteiras do Brasil, o  Paraguai, é conhecido mundialmente por seu alto índice de contrabando e fabricação pirata. Anualmente, milhares de toneladas de objetos são apreendidos nos aeroportos, estradas e portos nacionais. E os que não são, trazem dívidas de grande escala para nosso setor de indústria nacional e internacional. A inflação aumenta com a desvalorização de produtos legítimos  e se torna cada vez mais comum a utilização dos plágios.                               Aristóteles já afirmava "O homem é um animal político". Cabe então, a nós como cidadãos, não só entendermos como também fazermos uso dos nossos direitos e deveres. Dizer não ao produto pirata é dizer sim à circulação legal de mercadoria e amenizar o declínio econômico. Fazer aqui e não na China valer a nossa legitimidade fortalecendo nossa fiscalização e nossas boas atitudes.