Materiais:
Enviada em: 24/05/2019

As consequências da pirataria para a sociedade Melhorias na comunicação, agilidade no transporte e crescimento econômico. Esses foram alguns dos benefícios advindos das Revoluções Industriais e do avanço da tecnologia. Nesse sentido, embora tais processos tenham trazido inúmeros proveitos para a sociedade, infelizmente, no cenário mundial contemporâneo, principalmente, no Brasil, seus frutos também têm sido utilizados para práticas ilícitas, como a falsificação de produtos. Tal fato é preocupante, visto que, além de colocar em risco a saúde dos consumidores, a pirataria também implica na ruptura de valores éticos. A princípio, cabe destacar que, apesar de parecerem inofensivos à integridade física e mental do usuário, as mercadorias pirateadas podem causar sérios danos a ele. Isso pode ocorrer, sobretudo, no gênero de cosméticos, pois ao contrário dos produtos ditos originais, os perfumes, cremes e afins falsificados não obedecem a nenhum órgão de fiscalização, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Conforme o portal de notícias G1, embora o consumidor do século XXI esteja mais consciente dos perigos de se adquirir itens piratas, o comércio clandestino desses artefatos nas grandes metrópoles brasileiras está aumentando. Dessa forma, caso esse quadro não seja revertido, intoxicações provenientes do uso de produtos adulterados, como retratados na série “Todo mundo odeia o Chris”, constituirão um triste desafio nacional. Ademais, de acordo com o ministro da Alemanha Nazista, Joseph Goebbels, “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. Esse aforismo pode ser associado ao crescimento da pirataria no tecido social, afinal, por ser um processo persistente e dinâmico, em muitos casos, ele passa a ser enxergado como uma postura comum e corriqueira pelos cidadãos, os quais são tentados a optar pelo lucro em detrimento de atitudes honestas. Isso é alarmante e precisa ser combatido, uma vez que tal visão atrelada à prática do “jeitinho brasileiro” - herdado do período colonial - resulta na fragilização dos princípios éticos e morais, como a valorização do trabalho alheio e o respeito às leis vigentes, que são fundamentais para a construção de uma sociedade consistente. Fica claro, portanto, que para alterar esse panorama e conquistar uma estrutura social mais íntegra, mediações fazem-se necessárias. Em função disso, cabe ao Estado, em parceria com instituições especializadas no combate à pirataria, promover fiscalizações rígidas e periódicas nos maiores centros de comércio dos municípios brasileiros e nos sites nacionais de “downloads” mais acessados, por intermédio de servidores capacitados e com intuito de descontruir redes ilegais de vendas e compartilhamentos de arquivos. Outrossim, é preciso que esses órgãos promovam campanhas mensais nas mídias digitais de longo alcance, que, de forma estratégica e objetiva, exponham os efeitos menos conhecidos popularmente da adulteração e comercialização ilegal de bens para toda a coletividade. Destarte, espera-se que o corpo social seja beneficiado e os obstáculos expostos, paulatinamente, ultrapassados.