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Enviada em: 18/05/2019

Mas é mais barato             Segundo a juíza Marcia Carvalho, a pirataria está presente em 95% dos países e é responsável por 10% do comércio mundial. Esse tipo de crime consiste na comercialização de produtos sem a expressa autorização e representa uma ameaça socioeconômica atual atingindo todas as esferas de consumo. No Brasil, tal fato não é diferente e afeta a sociedade, a economia e o estado, mas com poucos planos de combate. Essa prática indiscriminada se justifica por uma legislação frágil e pelo consumidor considerar vantajoso esse comércio.             Primeiramente, é importante destacar que o código penal brasileiro considera crime a pirataria, porém, de forma contraditória, esse mercado só cresce. Além disso, não existe uma perspectiva de diminuir o sucesso desse ramo ilegal de comércio, pois o Brasil não investiu em mecanismos legais para identificar e combater a pirataria. Para se ter noção de como esse comércio é grave e precisa ser enfrentado, o Centro de Pesquisa Econômica e Negócios divulgou um estudo que estima que a pirataria  impede a criação de 2,5 milhões de empregos e causa a perda de U$62 bilhões de arrecadação de impostos por ano nos países do G20.             Além do mais, um fato que corrobora para a pirataria foi publicado pelo site O Globo em que revela que mais de 66% dos consumidores sabem que estão consumindo produtos falsificados, mas consideram vantajoso devido ao preço. Com isso, percebe-se que brasileiro, na maioria dos casos, faz a sua escolha de compra apenas baseado no custo, sem se preocupar com a qualidade e os perigos sobre sua saúde e segurança. Outro detalhe é que segundo  a Juíza Marcia Carvalho, a população legitima a pirataria pois considera um abuso os preços do produto original, e que o pirata, que vende o produto, está apenas trabalhando como pode para sustentar sua família.        Portanto, observa-se que o crime de pirataria é recorrente no mundo inteiro e afeta significativamente um país, por isso é necessário pensar em medidas de combate. Uma importante estratégia é que as escolas  invistam em debates que desmitifiquem as vantagens da pirataria e a tratem da devida maneira, ou seja, como um crime. Além disso, outra ação é de responsabilidade do Governo Federal, por meio da Casa Civil, realizando ma ampla Reforma Alfandegária, em que a cobrança de impostos seja em cima da renda e não do produto, pois além  de ser algo mais justo, diminuiria o preço dos produtos originais, o que levaria a um desestímulo do consumo de produtos falsificados. Com isso, espera-se que o Brasil forme indivíduos mais conscientes, além de construir uma sociedade mais justa em que a pirataria não valha a pena nem no preço.