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Enviada em: 26/05/2019

Definida como a prática ilegal de vender, distribuir ou reproduzir produtos sem autorização, a pirataria é considerada pela Polícia Internacional (Interpol) como o crime do século XXI. Dessa forma, o âmbito econômico é o mais gravemente atingido por essa problemática, a qual é sustentada pelos maus hábitos, pela fragilidade do sistema de segurança e até mesmo pela falta de conhecimento dos possíveis riscos por parte dos consumidores.       Em primeira análise, ressalta-se a fácil fluidez de equipamentos e produtos procedentes da pirataria ou contrabando pelas fronteiras de países continentais como o Brasil. Não obstante a Associação Brasileira de Empresas de Software (Abes) contabilizou, em 2008, um prejuízo de mais de 100 milhões de dólares à economia do país. Isso sem falar no aumento do desemprego, da criminalidade e da perpetuação de ideias que aceitam ou colaboram com a venda e a distribuição de produtos ilegais, como games, aparelhos celulares, entre outros.       Outrossim, a cordialidade do "jeitinho brasileiro", descrita por Sérgio Buarque de Holanda, é geradora dos maus hábitos de grande parte da sociedade. Essa postura de certa forma legitima a pirataria moderna porque os indivíduos se sentem beneficiados pelos baixos preços e pela facilidade de acesso a produtos sofisticados, mesmo sendo de procedência duvidosa. No entanto, poucos sabem ou se atentam aos riscos, tais quais a abaixa qualidade do que é ofertado, como o uso de derivados de plásticos não autorizados pela Anvisa, os quais podem trazer danos à saúde e ambiente.       Evidenciam-se, portanto, consequências da pirataria em diferentes âmbitos. Para que tal prática seja reduzida, urge a necessidade de esclarecimento da sociedade por meio de informações divulgadas em redes sociais, escolas, ambientes públicos e privados, acerca dos malefícios e problemas - sociais, econômicos, ambientais - causados pela pirataria, orientada por profissionais da segurança pública, meio ambiente e ONGs, além de maior aproximação entre as policiais de fronteira e outros órgãos de fiscalização. Assim, a pirataria deixaria de ser compreendida como algo legal e suas consequências seriam minimizadas.