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Enviada em: 26/05/2019

Na obra "O que faz Brasil, Brasil?", o autor Roberto Damatta retrata a realidade da sociedade brasileira no que diz respeito ao legado corrupto dos cidadãos em procurar os meios mais fáceis de resolver ou adquirir as coisas, o chamado: jeitinho brasileiro. Nesse contexto, destaca-se a pirataria, uma das mazelas mais fortes advindas do "jeitinho" flagelador,  em que acarreta prejuízos tanto para a sociedade, quanto para a economia do país.        Em primeiro plano, vale ressaltar que a sociedade alimenta a venda ilegal por ter um menor custo comparado à venda legal, negligenciando o crime que ali é cometido. No entanto, tal comércio, que pode até parecer inocente, está correlacionado com diversos outros crimes como, por exemplo, a colaboração com organizações criminosas internacionais que são responsáveis por tráfico de drogas e armas. Desse modo, nota-se que, no contexto vigente, a massificação da ideia de que compra ilegal não tem complicações, contribui para a perpetuação do problema. Logo, a naturalização dessa prática, deve-se ser repensada quando contextualizada em um âmbito geral.        Ademais, de acordo com Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP), o Brasil perde aproximadamente 130 bilhões de reais por ano. Destarte, nota-se que tal consumo ilegal, traz um grande prejuízo econômico em relação à arrecadação de impostos, que, nesse caso, não há. Além disso, corrobora no aumento do desemprego na indústria denominada formal, embora que pessoas justifiquem a comercialização de produtos pirateados recorrendo a questões como o desemprego, uma argumentação equivocada, pois como a pirataria tem procedência duvidosa, o  consumo de tais produtos proporciona uma contribuição indireta para a marginalidade que permeia o país.       Evidencia-se, portanto, a necessidade de medidas a fim de dizimar a pirataria. Por conseguinte, faz-se necessário que o Ministério da Justiça, crie medidas mais eficientes no combate à pirataria, como, por exemplo, tratar o problema pela raiz, de forma que a mercadoria não chegue aos camelôs. Além disso, faz-se necessário que a mídia - com seu alto poder persuasivo - mostre o que está por trás das "inocentes" vendas ilegais. Assim, a sociedade deixará de lado o seu jeitinho brasileiro e agirá de forma correta acerca de suas compras.