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Enviada em: 05/09/2018

Raízes desiguais  Com o surgimento da primeira universidade brasileira, em 1808, o até então Estado do Brasil pôs evidente a elitização educacional do país, com as escassas vagas ocupadas por filhos de colonos e a ausência de educação básica publica necessária pré-graduação. Hodiernamente, semelhante desigualdade no ensino superior é identificada, seja pela diferença na formação básica publica e privada ou pela insuficiência de auxilios governamentais durante a graduação.  Primeiramente, é importante ressaltar que o acesso à educação é visto desde os primórdios como um privilégio na sociedade brasileira. Segundo dados estatísticos do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 40 por cento dos jovens estão matrículados em Universidades públicas, melhor qualificadoras e mais concorridas. Os demais estudantes, predominantemente dividem-se entre a formação privada e o trabalho para custear o ensino, menor dedicando-se aos estudos.  Ademais,a escassez de auxílios e bolsas universitárias dificultam a permanência da classe média baixa nas faculdades. A hegemonia de cursos em horário integral e o excesso de cargas horárias impedem o trabalho simultâneo à graduação, fazendo, assim, com que alguns jovens abandonem os estudos para trabalhar, prejudicando a ascensão social.  Portanto, ações são necessárias para solucionar o conflito. De acordo com o pedagogo Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Logo, estabelecer, através de iniciativas publico-privadas entre o Ministério da Educação e cursos de pré-vestibular privados, cotas obrigatórias para população de baixa renda, é imperioso para resolver este quadro, mas não o suficiente. É preciso que o governo federal, através da verba do O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, disponibilize mais bolsas de auxilio a universitários. Apenas assim, através de maior oportunidades, romperemos com as raízes da desigualdade de 1808.