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Enviada em: 24/06/2017

É indubitável a necessidade de aprimorar o sistema universitário brasileiro. Nesse sentido, observa-se desde o século XIX durante a chegada da Família Real no país, o encetamento da elitização no processo de qualificação pelo ensino superior. Tal processo, acometeu as classes menos favorecidas durante toda a formação nacional e perpetua-se até a contemporaneidade. Por essa razão, faz-se necessária uma discussão sobre o continuísmo dessa problemática e seus desdobramentos na sociedade.      Em 1808, D. João VI, fundou a primeira escola de nível superior no Brasil, dinamizando, a partir de então, a forma de ensino e a qualificação da sociedade além da independência cultural do país. Não obstante, tal ressinificação dos recursos educacionais ainda defronta impasses no sistema para a formação universitária, como a base fundamental precária e a saturação do mercado de trabalho. Ou seja, os alunos são inseridos nas faculdades sem dominar os assuntos indispensáveis - devido as falhas das escolas, e ao formarem-se enfrentam diversos obstáculos para serem inseridos no mercado devido à crise.      Ademais, percebe-se a elitização do ensino superior brasileiro. De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) seis em cada dez estudantes de universidades públicas no Brasil pertencem à camada mais rica da população. Isto é, mesmo com o período das últimas duas décadas marcado por uma forte expansão da oferta de vagas, não fora suficiente para aumentar a participação dos mais pobres da população.     Portanto, o Estado deve fomentar as práticas públicas, tal como a inserção de monitorias nas escolas fundamentais, melhorando os índices de desempenho nas universidades. Deve-se ainda promover mostras de profissão, buscando dinamizar áreas pouco exploradas pelos brasileiros e diminuir a saturação do mercado. Recompor e implementar o sistema de cotas também é necessário para maior abrangência das camadas carentes