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Enviada em: 06/08/2017

O ingresso do brasileiro na vida universitária ganhou força a partir dos anos 2000, com a implementação de programas governamentais de democratização e ampliação do acesso ao ensino superior. Entretanto, ainda se percebem grandes entraves na relação entre alunos e instituições de ensino superior, o que dificulta a conclusão do processo de formação.        Primeiramente, observa-se que, muitas vezes, o aluno ingressa no ensino superior impulsionado pelo simples processo de continuidade de seus estudos, sem que analise, de fato, o significado da formação acadêmica e profissional. Assim, essa reflexão só vai se dar posteriormente, quando esse aluno já se encontra imerso na miscelânea de exigências e dificuldades da realidade universitária.     Além disso, o processo de ingresso no ensino superior se realiza somente pela mensuração de conhecimentos adquiridos previamente, mediante o vestibular, sem que se exija qualquer confirmação de ciência, por parte do aluno, sobre a realidade da carreira escolhida. Ademais, ainda não são estabelecidos critérios claros de responsabilização do aluno para com a vaga que este ocupará no curso escolhido.      É necessário, portanto, que haja uma revisão da forma como se prepara o estudante para a transição da vida pré-universitária para o ensino superior. Para isso, é imprescindível que as escolas orientem os alunos não só em relação à carreira profissional como, também, em relação à rotina acadêmica (através de visitas guiadas, simulados, palestras, etc). As instituições de ensino, por sua vez, devem aprimorar a grade de disciplinas, de modo que se garanta um ciclo básico capaz de demonstrar viés de cada curso, e que sirva como uma confirmação das aptidões do aluno, para que este possa revisar a sua escolha e, caso necessário, migrar para outro curso mais próximo às suas expectativas.