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Enviada em: 29/08/2017

Para as classes sociais que sofrem de desigualdades históricas, ingressar no ensino superior é um enorme desafio, porém ações públicas afirmativas, cotas sociais, têm dado a milhares de estudantes -negros, pardos, indígenas,alunos de escola pública- a oportunidade de realizar tal desejo. Contudo, mesmo com tais aparatos a formação universitária ainda oferece vários obstáculos a estas classes, como: o ensino de base falho e o modelo estrutural urbano.                  As cotas sociais para entrada nas universidades são, sem dúvidas, uma avanço considerável para a educação no Brasil, porém são insuficientes para para o público a que elas se destinam, afinal a entrada no ensino superior não garante a permanência no mesmo. As cotas sociais são destinadas em sua maioria a estudantes negros, pardos, indígenas e de escolas públicas, os quais, em quase totalidade, são de origem pobre e não puderam desfrutar de um ensino de qualidade, portanto, por não possuírem  uma boa base estudantil, terão maiores dificuldades em manterem-se no curso escolhido.                      Em adição as dificuldades apresentadas, o modelo urbano brasileiro também oferece sua parcela de obstáculos, pois sua estrutura é construída a fim de que a população mais abastada se estabeleça próxima aos centros das cidades, enquanto os menos favorecidos são empurrados para as periferias. Tal modelo desfavorece os estudantes de baixa renda pois se vêm obrigados a percorrer enormes distâncias e a gastarem com passagens em coletivos para chegar as universidades que, em maioria, estabelecem-se nos centros.                      Em resumo, são necessárias ações complementares às cotas sociais, para que se possa reduzir as disparidades entre os indivíduos, para tanto, o Ministério da Educação deve melhorar a capacitação dos professores de escolas públicas a fim de que estas tenham qualidade, até mesmo, superior às escolas particulares, garantindo assim melhor preparo aos futuros universitários. É necessário criar também passes gratuitos em coletivos para todos os universitários comprovadamente de baixa renda.